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Segundo a Polícia Civil, o chefe do Executivo Municipal confessou o crimeFoto: Prefeitura / divulgação

Prefeito de Ubaporanga é preso suspeito de tentar matar o presidente da Câmara

Gilmar Assis teria efetuado diversos disparos contra o adversário político, que é pré-candidato à prefeitura

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Caratinga, na Zona da Mata, prendeu nesta sexta-feira (29) o prefeito da cidade vizinha Ubaporanga, Gilmar Assis (Cidadania). Ele é suspeito de comandar e participar de um atentado contra o vereador e presidente da Câmara Municipal, Jorginho Rodrigues (PV).

O crime aconteceu no dia 20 de maio. “Por volta de 22h15, eu chegando na cidade liguei pra minha esposa pra saber se tinha algum carro estranho parado próximo e, então, me dirigi diretamente para a casa. Mas, ao passar pela avenida, eu me deparei com o prefeito parado em seu carro e ele começou a me perseguir”, disse Jorginho.

Segundo o parlamentar, dois irmãos do prefeito e outras duas pessoas também passaram a segui-lo em alta velocidade. “Eu consegui acelerar, e o prefeito no carro da prefeitura me seguindo pela cidade em alta velocidade e os outros em outro carro tentando me fechar na rua e jogando o carro para cima de mim. Depois, já na saída da cidade, na BR-116, eles efetuaram vários disparos contra o carro, mas graças a Deus nenhum deles me atingiu”, concluiu.

De acordo com o vereador, o crime teria sido de cunho político e ele já vinha sendo ameaçado há pelo menos uma semana. A razão, conforme Rodrigues, seria por conta de denúncias de corrupção e superfaturamento que ele apresentou contra Gilmar Assis na Câmara dos Vereadores.

Procurado pela reportegem de O TEMPO na época, o prefeito negou as acusações. “Isso é mentira. Ele está me batendo pra caramba, falando mal de mim como político e também como pessoa. Na segunda-feira, eu até tentei falar com ele, mas ele não me atendeu e mostrou minha ligação para os outros fazendo deboche. Ontem, por coincidência, estava resolvendo uns “negócios” fora e quando cheguei na cidade, meus irmãos estavam em um barzinho, porque vieram visitar meus pais, e ele passou e deu uma parada. Então, eu fui atrás dele e ele fez uma graça, deu uma freada, eu acabei encostando na traseira dele, mas eu estava tentando pará-lo para a gente conversar”, afirmou. Além disso, ele havia negado os disparos.

Entretanto, na última terça-feira (26), a PCMG apreendeu uma arma calibre 9 mm e um carro possivelmente utilizados no atentado. Segundo o órgão, na ocasião, o prefeito teria confessado os disparos.