Espanha avança com rendimento mínimo vital

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Espanha acabou de adotar o rendimento mínimo vital. É apresentada como uma medida histórica, ainda mais porque, sendo dirigida às fatias de população mais vulneráveis, surge em plena onda de choque da pandemia.

Pablo Iglesias, vice-presidente do executivo espanhol, impulsionou um pacote que abrange, calcula-se, 2,3 milhões de pessoas. A ajuda pode situar-se entre os 462 e pouco acima dos mil euros, podendo ser solicitada já a partir de junho.

Nas palavras de Iglesias, "a pandemia agravou, de facto, a situação de muitos espanhóis. Este era um compromisso que constava do programa de governo", mas que o contexto atual "tornou numa necessidade absolutamente urgente para milhares de famílias que não podem mais esperar".

Há requisitos a cumprir neste escudo contra a pobreza extrema: é necessário ser residente em território espanhol há mais de um ano e ter entre 23 e 65 anos.

Isto num país onde os níveis de indigência são o dobro da média europeia, 12,4%, e há cerca de 12 milhões de habitantes em risco de atravessar o limiar de pobreza.

O ministro da Segurança Social, José Luis Escrivá, foi outro dos defensores da medida aprovada em Conselho de Ministros e que assenta também em políticas de inclusão social.

Estima-se que um terço da população visada seja constituído por crianças. O custo total previsto é de 3 mil milhões de euros.