Trump diz que pretende retirar restrições de viagens que atingem o Brasil 'assim que pudermos'

Presidente dos EUA, porém, não detalhou um critério para retomada das viagens e afirma que Brasil passa por tempos difíceis e comenta que Bolsonaro seguiu 'um caminho diferente' ao se posicionar contra medidas como lockdown.

Presidente dos EUA fala durante apresentação de plano de reabertura do país nesta sexta (29) — Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (29) que pretende retirar as restrições de viagens impostas a quem chega em solo norte-americano pelo Brasil "assim que pudermos". No entanto, ele não deu nenhuma data para voltar atrás da medida nem disse se haveria um critério para a retomada.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, os EUA começaram na quarta-feira a barrar a entrada de pessoas que estiveram no Brasil até 14 dias antes de pousar em solo norte-americano. As restrições incluem cidadãos dos EUA, parentes ou pessoas com visto permanente.

O governo dos EUA também impôs restrições de viagens a outros países, como a China, o Reino Unido e os integrantes da União Europeia — todos por causa da pandemia de Covid-19. Trump já vinha estudando proibir também entrada de pessoas que estiveram no Brasil após o aumento nos casos.

Bolsonaro 'seguiu caminho diferente'

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva na Casa Branca nesta sexta-feira (29) — Foto: Jonathan Ernst/Reuters

Perguntado pela repórter Raquel Krähenbühl, da GloboNews, sobre a posição do governo brasileiro contrária a medidas como lockdown em um momento de escalada da pandemia, Trump se limitou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro "seguiu um caminho diferente", mas que "não queria ser um crítico".

" Bem, ele [Bolsonaro] seguiu caminho diferente. O Brasil tomou um caminho diferente. Com certeza, eles estão passando por um momento difícil. Eu não quero criticar ninguém porque eu tenho muito respeito por ele", disse.

Brasil e Estados Unidos são os dois países com mais casos do novo coronavírus, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. Nos EUA, o número de mortes por Covid-19 bateu a marca de 100 mil nesta semana.

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