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Foto: Alan Santos/PR

PF quer ouvir presidente Bolsonaro em inquérito que apura interferência no órgão

Apurações foram prorrogadas por mais 30 dias para verificar se presidente tentou interferir na Polícia Federal para atrapalhar investigações no Rio de Janeiro

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Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (29), a Polícia Federal afirmou que é necessário ouvir o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no inquérito que apura suposta interferência do presidente na instituição. 

Até agora, o ex-ministro Sergio Moro, ministros próximos ao Planalto e delegados da PF já prestaram depoimento aos investigadores. O presidente deve ser ouvido nas próximas semanas, mas ele poderá se manifestar por escrito se preferir. 

O inquérito foi prorrogado por mais 30 dias e se estenderá até o final de junho. As apurações começaram em abril, depois que Moro pediu demissão do governo e acusou o presidente de tentar interferir na PF. O ministro do STF, Celso de Mello, determinou abertura das investigações. Segundo o ex-ministro da Justiça, Bolsonaro determinou a troca do diretor-geral da polícia, Maurício Valeixo, e pressionou pela mudança no comando do órgão no Rio de Janeiro. 

O presidente nega que interferiu na Polícia Federal para atender interesses pessoais. Segundo ele e ministros próximos, durante reunião ministerial ele afirmou que poderia fazer mudanças no órgão para garantir maior segurança para familiares no Rio de Janeiro e não para influenciar investigações em andamento.