Localidade espanhola quer testar todos os habitantes

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Foi debaixo de um sol já inclemente que centenas de habitantes da localidade de Torrejón de Ardoz, junto a Madrid, começaram a fazer fila para o teste de despistagem do novo coronavírus. Isto porque a câmara local decidiu gastar as verbas das festas municipais, cerca de um milhão de euros, para cobrir os custos.

Uma iniciativa vista aparentemente com bons olhos. "Não é por não haver festa este ano que alguém vai morrer", dizia-nos um habitante. Há também quem sublinhe ser importante "haver estatísticas locais". E quem realce que o fundamental é "continuar a preservar distâncias e ser responsável".

Por último, há quem tenha um só desejo: que o teste revele que "o vírus já veio" e já partiu.

Os cerca de 130 mil habitantes têm seis dias para efetuar o exame, com faixas horárias repartidas segundo a ordem alfabética do apelido.

Pepa Soriano coordena as operações e explica o procedimento: "as pessoas entram, realiza-se a extração, que é verificada em seguida. Cada utente recebe um número que vai servir para consultar os resultados pela internet".

Numa localidade que foi um dos epicentros da crise sanitária em Espanha, a medida não deixa de levantar polémica, como realça o jornalista Juan Carlos de Santos. O Ministério da Saúde quer supervisionar o processo, sob pena de aplicar sanções. E entretanto mais dez localidades da Comunidade de Madrid manifestaram ao governo regional a intenção de efetuar os testes.