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Protestantes atuam diante da polícia em Minneapolis Foto: SHANNON STAPLETON / REUTERS

Prefeito de Minneapolis decreta toque de recolher para conter protestos na cidade após morte de homem negro pela polícia

George Floyd foi sufocado por policial branco e caso gerou três noites de manifestações violentas na cidade e nos Estados Unidos

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MINNEAPOLIS, EUA — O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, decretou nesta sexta-feira toque de recolher na cidade após três noites de distúrbios pela morte de um negro desarmado que estava sob a custódia da polícia.

Jacob Frey determinou que todas as pessoas esvaziem as ruas das 20h (22h de Brasília) às 6h, exceto membros da polícia e da Guarda Nacional, deslocada para manter a paz, assim como o corpo de bombeiros e pessoal médico.

A morte de George Floyd, homem negro de 46 anos, fez com que a cidade, no estado de Minnesota, vivesse na noite de quinta-feira e na madrugada desta sexta a terceira jornada consecutiva de protestos em repúdio ao crime. Uma delegacia e ao menos outros cinco imóveis foram incendiados, enquanto o presidente Donald Trump defendia em seu Twitter o uso de armas de fogo para conter os manifestantes.

Um vídeo divulgado na terça-feira mostra Floyd sendo sufocado, sob o joelho de Derek Chauvin, por cerca de oito minutos, enquanto outros três policiais apenas olhavam. Uma segunda gravação, que supostamente foi realizada minutos antes da primeira, parece mostrar dois destes policiais também ajoelhados sobre o homem. De acordo com a promotoria, Floyd seguiu sendo sufocado por três minutos depois de não esboçar mais movimentos. Antes, ainda consciente, repetiu ao policial que não conseguia respirar. Os quatro policiais envolvidos foram demitidos da polícia local na própria terça-feira.

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Atenção: imagens fortes. Policiais cercam o detido, George Floyd, já no chão, e ele grita. A morte de George gerou mais protestos violentos pelo terceiro dia em Minneapolis, nos Estados Unidos. Após as manifestações, o policial foi preso

O chefe do Departamento de Segurança Pública do estado, John Harrington, informou a prisão de Chauvin nesta sexta-feira. Ele foi acusado de assassinato em terceiro grau, o que ocorre, de acordo com as leis do estado de Minnesota, quando um indivíduo não tem a intenção de matar, mas age com grande indiferença à vida humana, o que pode culminar na morte do outro. O crime é passível de até 25 anos de prisão.

A polícia inicialmente afirmou que Floyd, suspeito de tentar passar uma nota falsa de US$ 20, resistiu à prisão. Imagens capturadas por uma câmera de segurança em um restaurante localizado em frente ao local onde a detenção ocorreu, no entanto, parecem mostrar o homem com as mãos algemadas sem oferecer qualquer resistência aos policiais.

O ocorrido — mais um incidente em que pessoas negras foram mortas por policiais nos EUA — desencadeou os protestos que tomam as ruas de Minneapolis há três dias. A situação se acirrou ainda mais na quinta-feira, quando os promotores responsáveis pelo caso disseram que ainda não tinham decidido se apresentariam acusações formais contra o policial que sufocou Floyd.

Pouco antes das 22h (0h de sexta em Brasília), a polícia foi obrigada a evacuar uma delegacia do terceiro batalhão da cidade, conforme a multidão nos arredores do edifício aumentava. Os manifestantes ingressaram no prédio, incendiando-o e quebrando equipamentos. Coquetéis molotov e artefatos incendiários foram lançados, e a tropa de choque respondeu com balas de borracha e gás lacrimogêneo.

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Manifestantes invadiram e atearam fogo em delegacia em Minneapolis, nos Estados Unidos, na terceira noite de protestos após a morte de um homem negro pela polícia. Policiais abandonaram o local. O presidente Trump sugeriu no Twitter que se atire quando começarem os saques