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Baía da Figueira, na estância de Protaras, sudeste de Chipre.
© EPA/KATIA CHRISTODOULOU

Chipre oferece cuidados de saúde aos turistas com covid-19

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O governo cipriota vai assegurar as despesas médicas de todos os visitantes que testarem positivo ao novo coronavírus durante a estada na ilha.

As autoridades cipriotas prometem assumir os custos do alojamento, alimentação e, ainda, os cuidados médicos caso os turistas infetados adoeçam na ilha. O turista contaminado apenas será responsável pelo "custo da transferência para o aeroporto e do voo de repatriamento".

Através de uma carta dirigida aos viajantes e companhias aéreas, os ministérios dos Negócios Estrangeiros, dos Transportes e do Turismo da República de Chipre divulgaram as medidas sanitárias e os protocolos estabelecidos para a segurança dos turistas.

Um hospital com capacidade de 100 camas vai ser disponibilizado apenas para os turistas e a sua capacidade "poderá aumentar se necessário num prazo muito curto".

Além disso, o país tem 112 unidades de cuidados intensivos e 200 ventiladores serão reservados aos doentes em estado crítico, e nos "hotéis de quarentena" vão ser colocadas 500 camas à disposição das famílias e dos próximos da pessoa doente.

Os hotéis onde serão instalados os turistas que testaram positivo verão os quartos utilizados pelos hóspedes contaminados "desinfetados em profundidade antes de serem novamente utilizados".

Este anúncio caiu bem, garante o executivo cipriota. "Está a ser muito recebido pelos nossos parceiros no estrangeiro e está a ser visto como um dos nossos pontos fortes este verão", comentou ao The Guardian o vice-ministro do Turismo, Savvas Perdios.

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Esplanada no centro de Nicósia, a capital de Chipre.
© EPA/KATIA CHRISTODOULOU

O governo calcula que no corrente ano o número de turistas vai baixar em cerca de 70%. Em 2019, a ilha recebeu cerca de quatro milhões de visitantes, com um rendimento de 2,68 mil milhões de euros. O setor representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) cipriota.

A parte greco-cipriota da ilha tem registado fracas taxas de mortalidade e de transmissão de covid-19. Nesta iniciativa é apresentada como um destino "seguro" e que "se compromete a cuidar dos viajantes que testem positivo durante a sua estadia e dos seus próximos".

O governo de Nicósia afirma ter testado mais de 10% da sua população de 1,17 milhões de habitantes, tendo registado oficialmente 939 casos, entre os quais 17 mortos.

Após ter abolido o confinamento, recolher obrigatório e restrições de deslocação, Chipre vai reabrir os seus aeroportos a partir de 9 de junho aos voos provenientes de 13 países "com baixo risco", onde se incluem Israel, Grécia, Noruega ou Alemanha. O Reino Unido e a Rússia, dois dos mais importantes mercados para a ilha, não foram incluídos na lista.

Quem chegue entre 9 e 19 de junho deverá possuir um certificado que confirme ter testado negativo ao covid-19. A partir de dia 20 este certificado deixa de ser necessário e seis outros países, incluindo Suíça e Polónia, serão incluídos na lista que será atualizada todas as semanas.