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Foto: Lionel BONAVENTURE / AFP

Facebook anuncia nova ação contra robôs e fake news nos Estados Unidos

Rede social vai fazer checagem regular da identidade de perfil com posts populares afim de impedir que notícias falsas ou criadas por robôs da internet se tornem viral

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O Facebook anunciou nesta sexta-feira (29) uma nova medida de combate as fake news e robôs da internet. A rede social informou que vai começar a monitorar nos Estados Unidos a identidade de perfis com publicações muito populares. 

"Queremos garantir que o conteúdo que você vê no Facebook seja autêntico e provenha de pessoas reais, não de bots ou de outros que tentam ocultar sua identidade", escreveu Anita Joseph, gerente de produto da rede social.

Segundo o Facebook, será verificada a identidade de pessoas que têm um padrão de comportamento não autêntico na rede social e cujas postagens começam a se tornar viral rapidamente. 

Redução do alcance da postagem

De acordo com a rede social, se alguém optar por não verificar sua identidade ou o ID fornecido não corresponder à conta vinculada do Facebook, a distribuição de sua postagem viral será drasticamente reduzida para que menos pessoas a vejam. 

Se o usuário que fizer postagem viral for um "Administrador da Página", ela precisará concluir "Autorização de Publicação da Página" e não poderá postar da "Página" até que a conta seja verificada por meio do novo  processo de autorização.

Reação a Donald Trump

A nova medida anunciada pelo Facebook veio um dia após o presidente Donald Trump ter assinado um decreto voltado para companhias de mídias sociais. Em declarações na Casa Branca, Trump a

firmou que era preciso defender a liberdade de expressão. "Um pequeno grupo de companhias de mídias sociais controla uma grande parcela de toda a comunicação pública e privada", disse ele a repórteres.

Trump tem criticado o Twitter, após a rede social ter colocado nesta semana um alerta de notícia falsa em uma mensagem do presidente americano sobre supostas fraudes eleitorais nos EUA. Segundo a Casa Branca, o decreto busca "combater a censura online das corporações de tecnologia, incluindo as plataformas de mídias sociais".

O presidente americano afirmou que essas plataformas têm um poder não controlado para "censurar, restringir, editar, moldar ou alterar virtualmente todas forma de comunicação entre cidadãos privados e grandes grupos do público".