Centros comerciais fechados e menores ajuntamentos - medidas de excepção para a região de Lisboa
by Xavier CostaGoverno limita ajuntamentos a 10 pessoas no máximo. Centros comerciais ficam encerrados até ao dia 4 de Junho e câmaras decidem se mantêm feiras abertas.
Já são conhecidas as novas directrizes do Governo para a terceira fase de desconfinamento e a Área Metropolitana de Lisboa (AML), fruto do aumento dos novos casos na região, terá medidas específicas, diferentes das do resto do país, às quais ficará sujeita nos próximos dias. Desde logo, o Governo limita os ajuntamentos a um máximo de 10 pessoas na Grande Lisboa quando no resto do país o limite é 20 e, até ao dia 4 de Junho, os centros comerciais e as lojas de cidadão permanecem encerradas.
As lojas com mais de 400 metros quadrados e as feiras, caso seja essa a decisão camarária, também estarão fechadas até à mesma data.
Além disso, nos veículos privados de transporte de passageiros, será obrigatório o uso de máscara e a lotação fica limitada a 2 ou 3 pessoas. António Costa clarifica que “esta norma aplica-se apenas ao transporte privado de passageiros e muito em particular a carrinhas de transporte de trabalhadores para a construção civil”.
O Governo informou ainda que haverá um “reforço da vigilância epidemiológica” nas obras de construção civil e nos trabalhos de regime temporário na AML. Neste documento, estão também previstos a eventual activação de “planos de realojamento de emergência” para fazer face a eventuais surtos em bairros com deficientes condições de habitabilidade.
Recorde-se que o presidente da câmara de Lisboa afirmou, nesta sexta-feira de manhã, que é “natural” que os centros comerciais da capital não reabram para já, uma vez que são áreas de “fruição e de grande concentração de pessoas”. “Eu admito que haja medidas de evitar aglomeração de muitas pessoas. Os centros comerciais são claramente um desses locais", afirmou Fernando Medina aos microfones da rádio Renascença
Fernando Medina descartou, no entanto, a possibilidade de se isolarem os concelhos ou freguesias mais afectados pela doença na capital: “Não creio que se vá para medidas do tipo ‘cercas sanitárias’. Não é isso que está em causa”, afirma salvaguardando que os surtos na grande Lisboa estão associados a “unidades industriais e determinadas zonas residenciais relativamente delimitadas” e que não há informação de “alastramento generalizado”.
Texto editado por Ana Fernandes