Casa da mulher retoma atendimento em Juiz de Fora

Reunião na próxima segunda-feira irá estabelecer medidas e diretrizes para retorno das atividades

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A Casa da Mulher, centro de referência em proteção às mulheres da Prefeitura de Juiz de Fora, retoma o atendimento na próxima terça-feira (2). O serviço havia sido interrompido em 18 de março, após medidas restritivas adotadas pelo Município para combater a pandemia do novo coronavírus na cidade. Uma reunião entre a equipe que atua no espaço será realizada na segunda-feira (1º de junho) para definir as diretrizes de retorno das atividades.

De acordo com a coordenadora da Casa da Mulher, Maria Luiza Oliveira, o atendimento será retomado de forma gradual e com os devidos cuidados para não colocar a equipe ou as acolhidas em risco. A evolução dos casos de Covid-19 na cidade servirá como parâmetro para o serviço. “A casa fechou em função da situação excepcional grave que estamos vivendo e ainda não está totalmente debelada, mas acho que está caminhando para a normalidade, pelo menos, para dar uma perspectiva para retornarmos ao trabalho.”

Mais de 16 mil atendimentos

Até o dia 29 de fevereiro deste ano, a Casa da Mulher realizou 16.671 atendimentos em Juiz de Fora. Nesta sexta-feira (29), o serviço completa sete anos de funcionamento. Segundo Maria Luiza, os números demonstram a necessidade da retomada do atendimento. “Essa importância, em nenhum momento, deixou de estar no nosso dia a dia, e, se nos afastamos por um período, foi em função dessa situação, que é grave. Tem um ente microscópico dominando a humanidade, estamos nesse universo e temos que tomar os devidos cuidados, porque a vida humana não tem preço.”

Segundo a coordenadora, o regime de isolamento social pode contribuir para o aumento da violência contra a mulher. Conforme reportagem publicada pela Tribuna no início de maio, cerca de 380 casos de violência doméstica foram registrados durante a quarentena em Juiz de Fora. “A permanência maior do casal dentro de casa, a situação de dificuldades com desemprego e o aumento do alcoolismo são fatores que ajudam a aumentar a questão da violência. Nós temos realmente que voltar [o atendimento]. É uma missão muito importante e um trabalho que não pode parar de jeito nenhum.”