Policial americano é detido pela morte de George Floyd

O oficial Derek Chauvin pressionou seu joelho, por mais de cinco minutos, sobre o pescoço de Floyd, que estava algemado no chão; protestos explodem no país

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Vídeo flagrou o policial Derek Chauvin pressionando o pescoço de George Floyd durante cinco minutos, até ele morrerFoto: DARNELLA FRAZIER / FACEBOOK/ AFP
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Manifestante passa em frente a policiais posicionados para "manter a ordem" durante os protestos que pedem justiça pela morte de George FloydFoto: KEREM YUCEL / AFP
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Patrulheiros estaduais bloqueiam estrada no quarto dia de protestos pelo assassinato de George Floyd enquanto estava sob custódia da políciaFoto: KEREM YUCEL / AFP
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Manifestantes passam diante do que restou da delegacia de polícia incendiada nesta madrugada em MinneapolisFoto: KEREM YUCEL / AFP

O policial branco acusado de matar o afro-americano desarmado George Lloyd na cidade de Minneapolis (EUA) foi preso, informou uma autoridade estadual nesta sexta-feira(29). 

Derek Chauvin, que foi visto em um vídeo pressionando seu joelho contra o pescoço de Floyd, que estava algemado no chão, por pelo menos cinco minutos na segunda-feira, foi preso nesta sexta-feira, disse John Harrington, comissário do Departamento de Segurança Pública de Minnesota. 

"Acabei de receber informações de Andrew Evans, superintendente do Departamento de Apreensão Criminal, de que o policial identificado como Derek Chauvin, envolvido na morte de Floyd, foi preso pela BCA", disse Harrington a repórteres.

Revolta da população

Centenas de tropas foram enviadas para Minneapolis na manhã desta sexta-feira 29), após a terceira noite de tumultos pela morte de um homem negro pelas mãos da polícia, fato que provocou fortes protestos nos Estados Unidos. 

Após atos antirracistas realizados de Nova York a Phoenix, o presidente Donald Trump criticou as autoridades locais, chamou os manifestantes de "bandidos" e ameaçou uma forte repressão. 

Líderes negros continuaram expressando indignação pela morte gravada em vídeo de George Floyd, 46, enquanto estava algemado no chão e sob custódia da polícia de Minneapolis na última segunda-feira. 

O homem, preso por supostamente tentar realizar um pagamento em uma loja com uma nota falsa de US$ 20, morreu depois que um policial permaneceu ajoelhado em seu pescoço por mais de cinco minutos. 

"As pessoas estão furiosas porque estão frustradas por não ter sido o primeiro assassinato policial que viram no país", disse à MSNBC Al Sharpton, importante ativista dos direitos dos negros. 

Trump indicou que iria combater a violência desencadeada com mais tropas nas ruas. "Esses bandidos estão desonrando a memória de George Floyd, e eu não deixarei que isso aconteça. Acabei de falar com o governador Tim Walz e lhe disse que o exército está completamente ao seu lado. Diante de qualquer dificuldade, assumiremos o controle, mas quando os saques começarem, os tiroteios começarão", tuitou o presidente. 

Delegacia em chamas

Durante a noite de quinta para sexta-feira, manifestantes romperam as barreiras policiais e tomaram a delegacia de Minneapolis, onde estavam os quatro policiais envolvidos na morte de Floyd. 

Um incêndio logo tomou conta da estrutura. A guarda nacional do estado anunciou que 500 soldados foram enviados na manhã desta sexta-feira para Minneapolis e para a cidade vizinha de St. Paul para restaurar a ordem, sinalizando que a ira dos moradores não está se dissipando. 

"Nossas tropas são treinadas para proteger a vida, preservar propriedades e garantir o direito das pessoas de se manifestarem pacificamente", disse o general Jon Jensen, da Guarda Nacional de Minnesota. 

Uma equipe da CNN que transmitia os protestos foi presa pela polícia em uma transmissão ao vivo, mas depois foi liberada. A rede de televisão disse que o governador Walz havia se desculpado pelo que aconteceu depois de emitir uma declaração condenando o comportamento dos policiais.