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Na Índia, na Tailândia e em outros países da região, macacos convivem com seres humanos e animais domésticos nas ruas das cidadesFoto: Jack TAYLOR / AFP

Macacos roubam amostras de testes contra a Covid-19 na Índia

Um deles mastigou o objeto roubado, provocando receios de que os primatas possam espalhar o novo coronavírus; risco de transmissão ainda não foi confirmado

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Macacos atacaram um funcionário de um hospital em Meerut, perto de Nova Déli, na Índia, e roubaram três amostras de testes sorológicos para a Covid-19. 

Um deles mastigou o objeto roubado, provocando receios de que os primatas possam espalhar o novo coronavírus. Os animais fugiram em seguida e subiram em árvores próximas.

As outras duas amostras não foram danificadas, disse à AFP o diretor da Faculdade de Medicina de Meerut, Dheeraj Raj, nesta sexta-feira (29), depois que imagens do roubo se tornaram virais nas mídias sociais.

"Eles ainda estavam intactos e não acreditamos que exista risco de contaminação ou propagação", afirmou Raj. 

As três pessoas que tiveram amostras de sangue roubadas pelos macacos foram submetidas a novos testes. 

Embora o novo coronavírus já tenha sido detectado em animais, o risco de transmissão do animal para o homem não foi confirmado. 

Autoridades indianas enfrentam constantemente o problema dos 'macacos ladrões', que roubam comida e até smartphones.

Em muitas áreas rurais, os agricultores, cujas plantações são saqueadas por 'gangues de macacos', pediram a intervenção das autoridades locais para controlar sua população. 

Autoridades municipais de Nova Déli recorreram a macacos de cauda longa para enfrentar e expulsar primatas menores da região. 

Na Índia, foram registradas 175 novas mortes por COVID-19 em 24 horas, elevando o número total de vítimas nesta sexta-feira para 4.706, segundo dados oficiais. 

O país, altamente vulnerável à disseminação do novo coronavírus, com suas megalópoles superlotadas e sistema de saúde precário, registrou um número recorde de novos casos nos últimos dias.