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D.R.

5G. Londres propõe formar aliança para criar fornecedores alternativos à Huawei

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O Reino Unido pretende formar uma aliança com dez parceiros democráticos para criar fornecedores de equipamento 5G alternativos à chinesa Huawei.

O Reino Unido pretende formar uma aliança com dez parceiros democráticos para criar fornecedores de equipamento 5G alternativos à chinesa Huawei e já abordou este assunto com Washington, noticiou o jornal britânico The Times.

De acordo com o jornal, novas preocupações relativas à Huawei aumentaram a urgência de um plano, depois das autoridades de segurança terem começado uma revisão sobre o seu envolvimento na atualização da rede móvel.

Londres terá já abordado Washington sobre a possível criação de um “D10”, um clube de parceiros democráticos, composto pelo G7 mais a Austrália, Coreia do Sul e Índia.

Uma das opções passa pelo clube ser um canal de investimento em empresas tecnológicas assentes nos Estados-membros.

A Nokia e a Ericsson são os únicos fornecedores europeus de infraestruturas de quinta geração móvel (5G) e os especialistas apontam que estas não conseguem fornecer o ‘kit’ 5G tão rápido ou barato quanto a Huawei.

“Precisamos de novos entrantes no mercado. Essa foi a razão porque acabámos por continuar com a Huawei na altura”, disse uma fonte do governo ao jornal.

No final de janeiro, a Comissão Europeia aconselhou os Estados-membros a aplicarem “restrições relevantes” aos fornecedores considerados de “alto risco” nas redes 5G, incluindo a sua exclusão dos seus mercados para evitar riscos “críticos”, mas em nenhum momento se referiu diretamente à Huawei.

Estas recomendações constam da “caixa de ferramentas” [‘toolbox’] da União Europeia (UE) para o 5G, na qual apresenta “ações-chave” para os países da União implementarem no sentido de mitigarem eventuais ciberataques, ações de espionagem ou qualquer outra ilicitude relativa ao desenvolvimento da tecnologia.

A 28 de janeiro, o Governo britânico, liderado por Boris Johnson, anunciou que iria permitir à gigante chinesa Huawei uma participação “limitada” no desenvolvimento da rede 5G no Reino Unido.

O Conselho de Segurança Nacional britânico considerou, na altura, que os fornecedores considerados “de alto risco”, como a Huawei, podem desempenhar um papel “periférico” dentro do 5G.

Os próprios serviços britânicos, MI5, consideraram que o risco é controlável.