Rússia vai negociar ampliação das suas bases aérea e naval na Síria
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by Agência Lusa
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou hoje aos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros que negoceiem com a Síria a ampliação da base aérea Khmeimim e da base naval de Tartus, próximas do mar Mediterrâneo.
O chefe de Estado emitiu uma ordem de assinatura de um protocolo para a “transferência de bens adicionais e áreas marítimas” a ser anexado ao acordo firmado entre a Rússia e a Síria, em 26 de agosto de 2015, relativo ao envio de um grupo de aviação das forças armadas russas para território sírio, segundo a informação publicada hoje.
A Rússia iniciou as suas operações aéreas na Síria em 30 de setembro de 2015, no âmbito da guerra civil em curso no país do Médio Oriente, para apoiar o exército do regime do Presidente Bashar al-Assad, com jatos de combate baseados em Khmeimim.
O acordo assinado entre os países é válido por 49 anos, com a Síria a transferir gratuitamente os terrenos e as instalações localizadas nessa base aérea para a Rússia, e renovado automaticamente por períodos de 25 anos, se nenhuma das partes rescindir.
Em julho de 2017, a Rússia e a Síria assinaram um outro acordo para modernizar e atualizar a base naval, igualmente válido por 49 anos e renovável de 25 em 25 anos.
A base de Tartus é utilizada como ponto de abastecimento e de manutenção técnica para a frota russa, depois de ter começado a ser utilizada pela União Soviética na década de 70, após um acordo estabelecido entre Moscovo e o Presidente sírio de então, Hafez al-Assad (pai do atual presidente).
A Marinha russa voltou ao Mediterrâneo em 2013, após mais de 20 anos de ausência.
Desencadeada em março de 2011 pela repressão de manifestações pró-democracia, a guerra na Síria já causou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.