Guarda Maria da Penha passa a atender mulheres em situação de violência
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A partir de agora, a Guarda Civil Municipal passa a ter também a missão de cuidar das mulheres em situação de violência doméstica. Nesta sexta-feira (29), a Prefeitura lançou o serviço Guarda Maria da Penha, disponibilizando uma equipe exclusiva para fazer o monitoramento das medidas protetivas a 57 mulheres acompanhadas pelo Centro de Referência Esperança Garcia.
Segundo o prefeito Firmino Filho, neste momento em que a pandemia do Coronavírus ameaça a todos, tem sido observado também o aumento da violência doméstica contra a mulher. “Estamos no meio dessa grave crise epidêmica e, infelizmente o seu mais importante instrumento de enfrentamento, que é o isolamento social, tem permitido o aumento da violência contra a mulher. Além do apoio do Centro de Referência Esperança Garcia, estamos oferecendo também o serviço da Guarda Maria da Penha, reforçando o trabalho de enfrentamento desse tipo de violência”, destacou.
A iniciativa será coordenada pela Secretaria de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) e pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas Para Mulheres (SMPM). A equipe é composta por dois guardas: um homem e uma mulher, que foram capacitados para a realização do trabalho.
“O acompanhamento será feito de forma sistemática, com visitas diárias às residências das mulheres assistidas pelo serviço”, explicou a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Macilane Gomes, ressaltando que, inicialmente, serão acompanhadas pela Guarda apenas aquelas mulheres que tiveram a decisão judicial de medida protetiva homologada antes do período de isolamento.
O secretário da Semcaspi, Samuel Silveira, afirma que o projeto é mais um importante instrumento de proteção às mulheres, principalmente nesse momento de isolamento social causado pela pandemia, onde os casos de violência têm se intensificado. “Com a implantação da Guarda Municipal Maria da Penha, estamos ampliando a rede de proteção às mulheres para reduzir os índices de violência doméstica na capital e também construir práticas educativas de respeito e proteção aos direitos das mulheres”, disse.
Desde o início do isolamento social, o Centro de Referência Esperança Garcia modificou sua forma de atendimento às mulheres. A maioria daquelas que precisam de ajuda passou a utilizar o WhatsApp para buscar orientações ou fazer denúncia. “É uma situação em que a mulher está junto com o agressor e o contato pelo WhatsApp facilita essa conversa, essa busca por informações e formas de denúncias”, ressaltou a coordenadora do Centro, Roberta Mara.
O Centro de Referência Esperança Garcia (CREG) atende mulheres em situação de violência em Teresina, oferecendo assistência social, psicológica e jurídica. Durante o período de isolamento, a unidade realiza atendimentos por ligações ou via Whatsapp pelo telefone: (86) 9 9416-9451, de segunda à sexta, das 8h às 14h.
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