Otimismo no curto prazo, incerteza no longo prazo

O diretor da Arko Advice Thiago de Aragão, no Estadão, afirmou que há um problema na precificação do risco político no Brasil.

Nesta semana, na intensificação da crise política, um relatório do banco Goldman Sachs “sacudiu o mercado brasileiro com uma nova onda de otimismo”, com “surpreendente crescimento” da Bovespa nos últimos dias.

“O Goldman Sachs realmente transmitiu confiança para o investidor de curto prazo – horizonte de 3 meses e fundos hedge. É uma recomendação de alocação de curto prazo (horizonte de 3 meses) com risco cambial limitado. Para o de longo prazo, mirando o Brasil nos próximos 10, 20 anos, o buraco é mais embaixo.

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O clima de confiança não substituirá as análises e expectativas estruturais de longo prazo. A ‘tara’ em reformas vem desse tipo de investidor que busca traduzir os próximos 10 anos em uma planilha de Excel. Para estes, a usina geradora de crises e incertezas que se instalou em Brasília gera apreensão, pois sabem que quanto mais profunda são as crises, mais emotivos, impulsivos e irracionais os governos latino-americanos tendem a ser.”

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