Williams rompe com patrocinadora e equipe pode ser colocada à venda

A tradicional equipe Williams passa por um dos momentos mais delicados de sua história. Na manhã desta sexta-feira, a escuderia inglesa anunciou que rompeu com a a empresa chinesa ROKiT, uma das principais patrocinadoras da equipe e admitiu a possibilidade de venda num futuro próximo.

Figurando nas últimas colocações do grid, a Williams registrou um prejuízo de 13 milhões de libras (aproximadamente R$ 85 milhões) no ano passado. Os maus resultados refletem uma desorganização na equipe, comandada por Claire Williams, filha de Sir Frank Williams. Em 2019, a montadora chegou dois dias atrasadas nos testes de pré-temporada em Barcelona e terminou o mundial de construtores na última posição com um ponto.

Na Fórmula 1, as receitas caíram de 130,7 milhões de libras (R$ 871 milhões) de 2018 para 95,4 milhões (R$ 636 milhões). Em 2018, o lucro havia sido de 16 milhões de libras (R$ 106 milhões).

“A companhia não recebeu nenhuma abordagem no momento deste anúncio e confirma que está em discussões preliminares com um pequeno número de partes a respeito de um possível investimento na companhia. Não há certeza de que uma oferta será feita, nem sobre os termos em que qualquer oferta será feita. O conselho se reserva o direito de alterar ou encerrar o processo a qualquer momento e, se o fizer, fará um anúncio conforme apropriado. O conselho também se reserva o direito de rejeitar qualquer abordagem ou encerrar discussões com qualquer parte interessada a qualquer momento”, diz parte da nota divulgada.

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Foto: Reprodução/ F1

“Os resultados financeiros de 2019 refletem o recente declínio na competitividade da operação de F1 e a consequente redução na receita de direitos comerciais. Após quatro anos de um desempenho muito sólido no campeonato de construtores, durante o qual conquistamos dois terceiros e dois quintos lugares, passamos por duas temporadas muito difíceis. Implementamos uma reestruturação significativa nos últimos nove meses e fortalecemos a equipe de liderança técnica”, falou o CEO Mike O’Driscoll.

Desde sua fundação em 1977, a Williams já conquistou nove títulos de construtores e sete de pilotos, incluindo a de Nelson Piquet em 1987. Em 2020, os carros da equipe inglesa serão pilotados por George Russell e Nicholas Latifi.