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"Assim que haja alguma dificuldade, nós assumimos o controlo. Quando as pilhagens começarem, os tiros começam", escreveu Trump no Twitter
Foto: AFP / Olivier Morin

Twitter "esconde" publicação de Trump por "apelar à violência"

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"Assim que haja alguma dificuldade, nós assumimos o controlo. Quando as pilhagens começarem, os tiros começam", escreveu Trump na sua página do Twitter esta sexta-feira, a propósito dos protestos de Minneapolis contra a morte de George Floyd. A rede social "escondeu" a publicação do presidente norte-americano por considerar que as palavras violam as regras de "apologia à violência".

O "tweet" de Trump, publicado na noite de quinta-feira, na hora de Washington, alertava as pessoas em Minneapolis que protestavam contra a morte de um homem negro, George Floyd, às mãos de um polícia branco, que enviaria os militares para intervir se houvesse "alguma dificuldade".

"Estes BANDIDOS estão a desonrar a memória de George Floyd e não vou deixar que isso aconteça. Acabei de falar com o governador Tim Waltz e disse-lhe que pode contar com os militares. Assim que haja alguma dificuldade, nós assumimos o controlo. Quando as pilhagens começarem, os tiros começam", escreveu o presidente norte-americano, que parece citar - nota o "The Guardian" - o ex-chefe da Polícia de Miami, Walter Headley, que em dezembro de 1967 prometeu represálias violentas a protestos.

Duas horas depois, o Twitter adicionou um aviso a "tapar" a publicação: "Este tweet violou as Regras do Twitter de apologia à violência. No entanto, o Twitter determinou que pode ser do interesse público que o tweet continue acessível". O aviso é acompanhado por uma hiperligação para as respetivas políticas sobre exceções de interesse público.

A cidade de Minneapolis registou nas últimas 24 horas outros 30 incêndios tendo-se verificado atos de pilhagens perto do local onde Floyd morreu.

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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite de protestos. Esquadra incendiadaTANNEN MAURY/EPA
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestos. Esquadra incendiadaKerem Yucel / AFP
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Terceira noite consecutiva de protestosCRAIG LASSIG/EPA
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Terceira noite consecutiva de protestosMatthew Hatcher/Getty Images/AFP
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Terceira noite consecutiva de protestosMatthew Hatcher/Getty Images/AFP

Quem visita a página de Trump no Twitter ou vê o tweet repartilhado na própria cronologia, o aviso oculta o conteúdo até que o utilizador toque para visualizá-lo.

Os utilizadores que tentam responder à publicação recebem um segundo aviso com a seguinte mensagem: "Tentamos impedir que um tweet como este, que viola as Regras do Twitter, alcance mais pessoas. Portanto, limitamos a interação com ele". As respostas já não aparecem em baixo da publicação.

A propagação do tweet também será limitada pelos algoritmos do Twitter, de acordo com os documentos de política da empresa. O aviso sugere que o Twitter não tem intenção de recuar na recente disputa com Trump, que estalou na quarta-feira quando a empresa aplicou pela primeira vez um rótulo de verificação de factos às publicações do presidente dos EUA.

O Twitter assinalou dois tweets de Trump com uma hiperligação de "verificação de factos" no rodapé das mensagens, por considerar "infundadas" e "potencialmente enganosas" as afirmações do presidente relacionadas com o voto por correspondência naquele país.

O alerta do Twitter ocorreu depois de Trump ter difundido afirmações em que assegurava que o voto por correspondência nas presidenciais de novembro nos Estados Unidos pode ter consequências fraudulentas.

Na sequência da decisão do Twitter de assinalar essas primeiras mensagens do presidente, Trump ameaçou "regular" ou "fechar" as redes sociais.

"Os republicanos sentem que as plataformas de redes sociais censuram totalmente as vozes conservadoras. Vamos regulamentá-las severamente, ou fechá-las, para evitar que isso aconteça", afirmou o chefe de Estado norte-americano numa mensagem publicada no Twitter.