Alex Telles é o rei das bolas paradas

Há quem lhe chame o quinto momento do jogo: a bola parada. Os livres, os cantos, os penáltis. A defender e a atacar. Durante algum tempo falou-se, sobretudo, em organização ofensiva e defensiva e transição ofensiva e defensiva. Ou seja, quatro momentos. Até que os treinadores, sobretudo estes, começaram a falar nas bolas paradas como sendo o quinto momento do jogo.

As equipas têm de escolher, nos livres e nos cantos, a forma ideal de atacar e defender as duas balizas. As marcações num livre lateral são diferentes das de um livre frontal. Ou de um pontapé de canto, por exemplo. São, por isso, analisadas e trabalhadas ao pormenor nos treinos de todas as equipas. Por serem ações que, em alta percentagem, terminam em golo.

Vejamos, em pormenor, o que se passa em Portugal. Ou antes, o que se passou nas primeiras 24 jornadas da liga 2019/2020 e que poderá, de algum modo, projetar-se para o terço final. Se ontem A BOLA falou de Pizzi como o jogador mais influente do campeonato português, por estar em nível altíssimo em 12 dos 22 itens estatísticos, agora falaremos do mais influente futebolista na transformação de lances de bola parada das 18 equipas portuguesas: Alex Telles.

Alex Telles teve, nas primeiras 24 jornadas, nada menos de 151 ações com a bola parada: 87 pontapés de canto marcados, 57 livres executados e sete penáltis apontados (cinco com êxito). É o rei das bolas paradas, dado que o segundo mais influente nesta matéria, o benfiquista Pizzi, tem menos 13 por cento de ações: 130. 

A seguir a Alex Telles e a Pizzi, aparecem três jogadores que não pertencem às quatro maiores equipas do futebol português: Pêpê Rodrigues (V. Guimarães), Pedrinho (Paços de Ferreira) e Nuno Santos (Rio Ave). Os dois primeiros estão, aliás, pertíssimo de Pizzi no respeitante ao número de ações de bola parada: 127 para o vimaranense e 124 para o pacense.

Eis o ranking: