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(Foto: Tiago Ghizoni, Banco de Dados, Diário Catarinense)
Investigação

Empresários de Florianópolis são presos em ação da PF que apura desvios na saúde do RS

Outras 13 pessoas foram presas na operação, que investiga um esquema de desvios em contratos entre uma prefeitura e uma Organização da Sociedade Civil (OSC)

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Dois empresários de Florianópolis foram presos durante a Operação Camilo, deflagrada pela Polícia Federal na quarta-feira (27). A investigação apura um esquema que teria desviado pelo menos R$ 15 milhões da área da saúde em contratos firmados pela prefeitura de Rio Pardo (RS) com uma Organização da Sociedade Civil (OSC), a Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi).

No total, a operação cumpriu 15 mandados de prisão e 61 de busca e apreensão. Um dos presos foi o prefeito de Rio Pardo, Rafael Barros (PSDB). Os mandados foram cumpridos ainda na quarta, mas as identidades dos alvos vinham sendo mantidas em sigilo pelas autoridades. Nesta quinta (28), os nomes dos envolvidos foram confirmados.

Segundo informou a GaúchaZH, os dois empresários presos em Florianópolis foram Michel Becker e Júlio Cesar da Silva. Eles estão presos temporariamente. As prisões têm prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.

Michel Becker é um dos sócios de uma empresa de alimentação de Santa Catarina que prestava serviços para o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. A instituição era uma das administradas pela Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi).

Já Júlio Cesar da Silva é dono de uma construtora que tem contrato com a Abrassi. Até fevereiro deste ano, ele ocupava um cargo em comissão na Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, como consultor técnico. Segundo a assessoria da prefeitura da Capital, ele foi exonerado em fevereiro após pedir para deixar a função.

A reportagem do Diário Catarinense não conseguiu contato com a defesa dos empresários Michel Becker e Júlio Cesar da Silva.

OSC é investigada em ao menos 20 cidades do RS e SC

Segundo a investigação da PF, entre os presos na operação de quarta-feira, a maioria tem relação com OSCs que são investigadas. As investigações também apontam que a Abrassi é apenas um dos braços de uma organização social investigada em pelo menos 20 inquéritos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Ao todo, na operação desta quarta foram 11 presos no Rio Grande do Sul, e quatro em outros estados - os dois empresários em Santa Catarina, um preso em São Paulo e uma mulher no Rio de Janeiro. Os presos em outros estados foram levados ao Rio Grande do Sul e chegaram ao estado em um avião da PF na tarde de quinta.