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Nuno Oliveira é o diretor ibérico da VIA Outlets. Fotografia: Ricardo Ramos / Global Imagens

75% dos consumidores querem visitar os outlet já em junho

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Dona do Freeport e do Vila do Conde Fashion Outlet fez um inquérito aos consumidores e está confiante no regresso dos clientes aos padrões de consumo pré-confinamento

A Via Outlets, dona do Freeport e do Vila do Conde Porto Fashion Outlet, está confiante na vontade dos seus clientes em voltar a frequentar estes espaços comerciais e na retoma das suas rotinas de compras. Preocupada com estudos recentes que indicavam o receio dos portugueses em visitarem centros comerciais, a empresa realizou um inquérito online, junto dos seus clientes. Recebeu mais de seis mil respostas e ficou bem mais tranquila: 79% dos inquiridos admite como provável ou muito provável uma visita aos seus centros após a reabertura, a 1 de junho, e 75% admite fazê-lo durante o mês de junho. Destes, 22% querem mesmo fazê-lo logo na primeira semana.

A predisposição dos consumidores foi unanimemente positiva para os dois centros, com os inquiridos a revelarem padrões de consumo idênticos àqueles que registavam antes da pandemia. “O facto de não haver grandes discrepâncias entre o centro do Norte e o centro de Lisboa, demonstra que esta predisposição é, com grande probabilidade, transversal a todo o país, representando um sinal claramente positivo para todo o comércio”, diz o diretor regional ibérico da Via Outlets.

Nuno Oliveira assume: “Estamos muito expectantes e confiantes no futuro. Acreditamos que esta tendência não será exclusiva para os nossos centros, pelo que encaramos estes números com uma tremenda positividade”.

Encerrados desde 22 de marços, os centros Freeport Lisboa Fashion Outlet e Vila do Conde Porto Fashion Outlet reabrem ao público na segunda-feira, 1 de junho, com “100% das lojas e espaços de restauração em pleno funcionamento”. E as notícias que dão como possível um recuo do Governo quanto à abertura dos centros comerciais na região de Lisboa e Vale do Tejo são encaradas com tranquilidade. “Todos os dias surgem novas questões. A realidade é que os centros comerciais estão tão preparados que são lugares mais seguros do que o espaço público”, garante Nuno Oliveira, que explica que, para este regresso, os centros mantêm os elevados padrões de higiene e segurança que os caracterizam, e agora “reforçados com as diretrizes da DGS”, bem como mediante a adoção de “algumas medidas extraordinárias” focadas em proporcionar uma experiência assente no bem-estar dos seus visitantes.

O responsável da Via Outlets reconhece que a covid-19 teve impactos significativos, mesmo antes de decretado o estado de emergência, com uma redução significativa quer no número de visitantes quer ao nível das vendas, mas não quantifica as perdas. De qualquer forma, acredita que os dados para o futuro perspetivam um “cenário mais animador”. A perda do turismo, em especial no Freeport, onde os visitantes extracomunitários pesam 13 a 14% do volume de vendas, vai obrigar a um esforço acrescido para a conquista de novos consumidores.

“O nosso core continuará a ser o cliente doméstico e o nosso perfil de visita é muito distinto da indústria de centros comerciais. Temos uma elevada penetração nas classes sociais com maior poder de compra, o que nos faz perspetivar um menor impacto negativo na reabertura, já que se trata de segmentos com menor impacto na perda de rendimentos”, salienta.

Nuno Oliveira garante que a pandemia não provocou encerramentos nem no Freeport nem no Vila do Conde Outlet e que, “apesar do contexto particularmente dramático e de incerteza no mercado, estamos a conseguir trabalhar para termos novas marcas nos nossos centros até ao final do ano, o que é um sinal de confiança no mercado português”. Este responsável recusa avançar com nomes, para já, sublinhando, apenas, que se trata de marcas internacionais na área do desporto e dos acessórios.

O inquérito permitiu, também, saber com que 61% dos inquiridos visitavam os centros da Via Outlets pelo menos uma vez por mês – 8% vão lá todas as semanas e 13% a cada quinzena – e que 73% dos clientes pretende manter a frequência de visita. E se 83% das respostas indicam que as medidas de prevenção e de segurança são “o mais importante” quando visitarem os centros, em segundo lugar surgem as promoções e os descontos, assinaladas por 60% das respostas. “As promoções e os descontos fazem parte do nosso DNA, o que significa que os nossos centros estão muito bem posicionados para este retorno à normalidade, mesmo que seja uma normalidade condicionada”, sustenta.

O tempo que os visitantes pretendem passar nos centros, também não parece ser um problema, com a maioria das respostas (75%) a apontar para a disponibilidade de despenderem mais de uma hora e 30% mais de duas horas nos centros. Em média e de acordo com indicadores referentes a período normal o tempo de visita médio a estes centros é de duas horas.

Em relação à restauração, e quando comparado com estudos anteriores levados a cabo pelos gestores destas áreas comerciais os indicadores são também muito positivos com 46% dos respondentes a afirmarem terem intenção de usufruir da oferta de restauração. Esta percentagem é superior aos estudos feitos no passado em que a principal razão de visita aos centros de Freeport e Vila do Conde Porto Fashion Outlet é a oferta do segmento moda e acima da percentagem de pessoas que visita os centros e usufrui da oferta de restauração.

 

A empresa promete cumprir todos os protocolos de segurança, mas sem que isso ponha em causa a qualidade da experiência do consumidor. “Não queremos que seja uma visita aborrecida, enfadonha ou esgotada pela questão da segurança, mas antes que a experiência de shopping de quem nos visita continue a causar uma boa memória. É essa a essência do nosso trabalho e é isso que queremos fazer, tornar este regresso memorável”, frisa Nuno Oliveira.