TECNOLOGIA DA FORD AQUECE A CABINE PARA ELIMINAR 99% DOS VÍRUS (INCLUSIVE O CORONAVÍRUS)
Software eleva a temperatura interna para 56 graus por 15 minutos. O problema: só estará disponível em viaturas norte-americanas
by THAIS VILLAÇAO coronavírus foi responsável por uma série de dificuldades enfrentadas atualmente pelas fabricantes, graças a fábricas e concessionárias com as portas fechadas e quedas nas vendas sem precedentes. Por isso as empresas vêm investindo em tecnologias para ajudar a combater a doença.
A Ford, por exemplo, revelou detalhes de um software que aumenta a temperatura da cabine para 56º C por um período de 15 minutos. Esse sistema foi desenvolvido para ser usado em viaturas norte-americanas.
Segundo a montadora, essa combinação de temperatura e duração é suficiente para reduzir a concentração viral dentro do veículo em mais de 99%.
A tecnologia funciona com o motor do carro trabalhando em uma temperatura mais alta que o normal, usando o excesso de calor gerado para aquecer a cabine.
Enquanto o sistema estiver ativado, o carro pisca luzes para alertar que está em operação e muda os padrões de iluminação quando o processo é finalizado.
Carros de polícia de Nova York, Los Angeles, Michigan, Massachusetts, Ohio e Flórida foram usados nos testes do software. Em utilitários Interceptor, fabricados entre 2016 e 2019, a tecnologia pode ser ativada pelos botões do controle de cruzeiro, que devem ser apertados em uma ordem específica.
Modelos mais novos necessitam de uma ferramenta externa que é conectada na entrada OBD (On Board Diagnosis), a mesma que os técnicos acoplam o equipamento de diagnóstico quando seu carro tem algum defeito eletrônico.
O sistema foi desenvolvido para ser usado em conjunto com outros métodos de limpeza e higienização, mas a ideia é que possa desinfetar partes da cabine de difícil acesso, onde o vírus poderia “se esconder”.
A má notícia é que ainda não há planos de oferecer o software em carros de passeio, apesar de a fabricante trabalhar para adaptar o sistema em outras viaturas, e não apenas no Interceptor. Por ora, ainda é um estudo e, portanto, sem homologação para uso de consumidores comuns.