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INE divulga hoje números definitivos do PIB do primeiro trimestre

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar hoje os números definitivos do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano, depois da estimativa rápida apontar para uma queda homóloga de 2,4% e de 3,9% em cadeia.

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No dia 15 de maio, o INE anunciou, na estimativa rápida, que o PIB português caiu 2,4% no primeiro trimestre do ano face ao mesmo período de 2019, devido aos efeitos económicos da pandemia de covid-19.

"O PIB, em termos homólogos, diminuiu 2,4% em volume no 1.º trimestre de 2020, após o aumento de 2,2% no trimestre anterior. A contração da atividade económica reflete o impacto da pandemia covid-19 que já se fez sentir significativamente no último mês do trimestre", podia ler-se na nota do INE.

Já relativamente ao último trimestre de 2019, a queda foi de 3,9%, depois de um aumento de 0,7% em cadeia face ao terceiro trimestre de 2019.

Na sua nota de estimativa rápida, o INE assinalou que tanto o contributo da procura externa líquida como o da procura interna líquida foram negativos quer em termos homólogos quer em cadeia.

"O contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi negativo no 1.º trimestre (-1,4 pontos percentuais), após ter sido positivo no trimestre anterior, traduzindo a diminuição mais intensa das exportações de bens e serviços [-5,1%] que a observada nas importações de bens e serviços [-1,8%]", de acordo com a nota então divulgada pelo instituto de estatística.

Segundo o INE, o diferencial entre exportações e importações "é sobretudo consequência da contração da atividade turística na evolução das exportações de serviços".

Já a procura interna diminuiu 1,0 pontos percentuais, algo que aconteceu "pela primeira vez desde o 3.º trimestre de 2013, associada à diminuição do consumo privado e do investimento".

Quanto à quebra de 3,9% relativamente ao último trimestre de 2019 (em cadeia), o INE assinalou que os números se devem à quebra da procura externa líquida e da procura interna.

Aquando da divulgação de 15 de maio, o INE advertiu que seria "possível que ocorram revisões de magnitude superior ao habitual em divulgações futuras atendendo a perturbações no processo de obtenção dos dados", devido à pandemia de covid-19.

Os analistas ouvidos pela Lusa antes da divulgação de 15 de maio também já tinham antecipado que o número avançado na estimativa rápida poderia ser revisto posteriormente.

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