Brasil registra recorde de 26,7 mil novos casos de coronavírus

Em 24 horas, país contabilizou 1.156 mortes causadas pela Covid-19

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(AE) – O Brasil contabilizou 1.156 novas mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos pela doença para 26.754, segundo o Ministério da Saúde. De ontem para hoje, houve registro de 26.417 novos casos de infecção pelo novo coronavírus e agora são 438.238 pessoas contaminadas.

O Brasil segue ocupando a segunda posição entre as nações com mais casos de Covid-19 no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que acumula mais de 1,7 milhão de infectados, segundo dados compilados pela plataforma da Universidade Johns Hopkins até às 19h desta quinta-feira.

Na lista das nações com mais mortes acumuladas, o Brasil ocupa a sexta posição. Só fica atrás de Estados Unidos (101.196), Reino Unido (37.919), Itália (33.142), França (28.665) e Espanha (27 119). Em todo o mundo, a covid-19 já infectou 5,9 milhões de pessoas, causando a morte de 359 mil delas, também de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins.

Negros e analfabetos

A epidemia de covid-19 aprofundou ainda mais as desigualdades brasileiras, como revela a última nota técnica do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (Nois). E a de raça é a maior delas. Em qualquer recorte empregado a chance de um negro morrer por causa do novo coronavírus é sempre maior que a de um branco. O ápice dessa diferença ocorre entre os negros analfabetos e os brancos com nível superior: 80% contra 19%.

As taxas de óbito refletem diretamente as desigualdades socioeconômicas, além da pirâmide etária e da distribuição geográfica. Conforme os dados analisados, aproximadamente dez mil pacientes foram identificados como brancos e quase 9 mil como pretos ou pardos, de acordo com as categorizações do IBGE. Apesar do número parecido de casos, quando apenas as mortes são avaliadas a diferença é brutal: 55% dos pretos e pardos faleceram, contra 38% dos brancos.

A diferença de escolaridade também se reflete nos óbitos. Os que não têm escolaridade apresentam taxas três vezes maiores (71%) dos que têm nível superior (22,5%). As desigualdades de renda e de acesso a serviços sanitários básicos e de saúde explicam as diferenças no impacto.