Luísa e os Alquimistas lança hoje sua nova música
Tádzio França
Repórter
Assim como todos os artistas do Brasil e do mundo, a banda Luísa e os Alquimistas está em retiro forçado dos palcos. O que não significa estar parado, já que a música do grupo potiguar é uma ode ao movimento e à dança. Foi nesse contexto de isolamento e tempo livre para experimentar beats e sons que foi produzida sua nova música, “Aquela saudade”, cujo lançamento será nesta sexta-feira, em todas as plataformas de streaming das quais a turma faz parte. A canção teve o toque do DJ e produtor baiano Lerry, que pôs o tempero necessário às azeitadas alquimias sonoras de Luísa.
Créditos: DivulgaçãoLuísa e os Alquimistas lança hoje a sua nova música: Aquela saudade
“Aquela saudade” é definida como um arrocha baiano com dose extra de graves ao melhor estilo dub, guitarra suingada do começo ao fim, e a interpretação envolvente da cantora Luísa Nascim. É uma música que dialoga – e dança – bem com o repertório do último álbum do grupo, “Jaguatirica Print” (Natura Musical/Rizomarte), lançado no final do ano passado e ainda bem fresco na memória dos fãs. Esse disco projetou a banda potiguar para o Brasil com sua mistura de ritmos nordestinos e periféricos contemporâneos, embalados por uma produção tecnológica. É pop moderno com a cara do Brasil.
Segundo Luísa, que desde 2018 se mudou com alguns alquimistas para São Paulo, a banda se manterá no compasso dos ritmos populares em seus futuros trabalhos. “Na verdade esses sons estão presentes no nosso trabalho desde o primeiro álbum. Ou seja, não é uma particularidade do ‘Jaguatirica Print’. Mas entendemos que o último álbum se aprofunda mais nessa pesquisa do brega. Tem novos singles nessa pegada vindo pela frente, mas sempre vai haver um novo resultado em relação às misturas”, afirma em entrevista à Tribuna do Norte.
A banda já tem cinco anos de estrada e três álbuns na bagagem, “Cobra Coral” (2016) e “Vekanandra” (2017), além do já citada “Jaguatirica Print” (2019), que marca a presença do grupo em São Paulo e a projeção na cena alternativa nacional. “Esse disco é um marco importantíssimo na nossa carreira, abriu muitas portas e ampliou bastante o alcance do nosso trabalho. É muito gratificante o reconhecimento, identificação e o carinho das pessoas por essa obra. O feed back tem sido super positivo”, diz a cantora.
O ‘brega wave’ eletrônico com orgulhoso sotaque potiguar de Luísa não teve problemas em se instalar entre as audições sudestinas e de outras partes do Brasil. Músicas como “Olhos de tocha” (com clipe gravado no Beco da Lama), “Garota ligeira”, “Furta cor”, “Cadernin” e “Tous les jours” conquistaram audições de todas as regiões. “O público de Sul e Sudeste tem nos recebido muito bem também durante nossas viagens pré pandemia. Na verdade conquistou ‘jaguatiricas’ pelo Brasil inteiro, mesmo em lugares onde ainda não conseguimos chegar com o show”, declara. Prova de que brega funk, arrocha, dancehall, romantismo brega e dub conversam bem com tudo.
O distanciamento social obrigatório é a única nota fora do tom na atual carreira dos alquimistas – e na de todos os artistas. “Não tá sendo fácil, cada um tentando se manter são, primeiramente. Aqui onde moro em São Paulo tenho a sorte de ser vizinha de porta de um dos alquimistas, o que tem facilitado algumas coisas. Com o restante dos meninos a gente tá se comunicando e trabalhando nos próximos lançamentos à distância”, diz. E assim como todos, Luísa tem levado seu baile para a internet. Pelo menos duas lives estão agendadas para junho: dia 13, só música autoral, e dia 20, especial de músicas juninas. Todas no canal de Youtube da banda. Todas e todos poderão matar aquela saudade.
Serviço:
Lançamento de “Aquela saudade”, de Luísa e os Alquimistas. A partir de sexta nos perfis da banda no Youtube, Spotify, Instagram e Facebook. Link.