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COVID-19: estudo na The Lancet sobre cloroquina tem validade questionada por cientistas em carta aberta

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A cloroquina e a hidroxicloroquina são substâncias que geraram muita discussão recentemente por conta do coronavírus, que tem causado grande comoção em todo o mundo pela pandemia. Recentemente um estudo a respeito da substância mostrou que ela não é eficaz no tratamento da COVID-19, entretanto, agora dezenas de cientistas questionam a validade dele em uma carta aberta.

A carta intitulada como "Hidroxicloroquina ou cloroquina com ou sem macrolídeo para tratamento de COVID-19: uma análise de registro multinacional", em tradução literal, questiona os métodos utilizados pelo estudo publicado na The Lancet para determinar a ineficácia do fármaco que é utilizado para tratar outras doenças como lúpus, malária e artrite reumatóide.

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Hidroxicloroquina

O estudo publicado na revista em 22 de maio foi responsável por levar a Organização Mundial de Saúde - OMS a suspender os testes clínicos com a substância, medida que foi ignorada pelo governo brasileiro ao manter o protocolo de uso da cloroquina desde os primeiros sintomas de coronavírus.

A conclusão do estudo foi que a hidroxicloroquina não é eficaz no tratamento de coronavírus, mas também aumenta a mortalidade dos pacientes, semelhante ao que foi observando no estudo realizado em Manaus, onde 11 morreram ao receber doses mais elevadas do medicamento.

Diante disso, dezenas de profissionais analisaram minuciosamente a publicação e descobriram vários pontos estranhos como falta de acesso às informações de base da pesquisa e revisão ética dos resultados e desses dados.

Diante disso, os pesquisadores e médicos de todo mundo que assinam a carta aberta pedem à OMS uma revisão minuciosa da pesquisa por alguma instituição respeitada e independente. Dentre os assinantes estão membros de Harvard e até mesmo do Imperial College London que contestam e desejam informações mais abrangentes sobre como o estudo concluiu que a substância não é eficaz.