10 anos de Xiaomi! Entenda as divisões, marcas e subsidiárias da empresa | Detetive TudoCelular
by TudoCelular.comNo último mês de abril, a Xiaomi completou dez anos de existência. Ao longo dessa década, a companhia chinesa tratou de expandir seus negócios para além dos celulares e formou um verdadeiro ecossistema de produtos.
São muitas as marcas e subsidiárias presentes neste mundo formado pela empresa. Entre elas, estão Redmi, Black Shark, Mijia, Huami, AmazFit. Você conhece todas? O Detetive TudoCelular preparou uma coluna especial – e agora também no formato de vídeo – para explicar mais sobre a Xiaomi e suas divisões. Confira a seguir:
Celulares
A divisão de celulares é onde você encontra as principais submarcas que ajudaram a alavancar a fabricante chinesa no mercado. Além da marca Mi, que você já está acostumado, outra famosa é a Redmi. Ela é a caçula do setor de smartphones e só tem pouco mais de um ano de atuação independente.
Mas esse tempo já foi suficiente para cravar sua importância no mercado, ao trazer modelos que têm a cara da Xiaomi. Ou seja, com um custo-benefício que agrada o bolso do consumidor. Exemplos disso são as séries Note e K.
A Redmi não foi a primeira. Um ano antes, a Xiaomi trouxe ao segmento a Poco. Ela ganhou o gosto dos entusiastas pelo famigerado Pocophone F1. O foco aqui é ter um hardware avançado, com uma construção mais modesta, para baratear o preço final.
A companhia chinesa também atua na área de smartphone gamer. A submarca para os portáteis voltados a jogos é a Black Shark. O lema neste caso é oferecer o melhor equipamento, com alto-falantes estéreo e sistema de refrigeração líquida. E, claro, acessórios e botões extras para melhorar a experiência dos jogadores.
Feature phones
Se você achava que a divisão mobile da Xiaomi se resumia aos smartphones, está enganado. A Xiaomi possui duas empresas que fabricam os chamados feature phones: 21KE e QiN.
Elas são responsáveis por aqueles celulares mais básicos com botões físicos e grandes, sem tela sensível ao toque. O alvo é o usuário que tem uma resistência aos modelos mais modernos.
Ainda na área de dispositivos móveis, você encontra a subsidiária SUNMI. Ela é voltada a terminais Android, mas focados em marketing digital.
Os produtos criados aqui são impressoras para detecção de código de barras, leitores de cartão de crédito e outros aparelhos para o cenário comercial inteligente.
Vestíveis
A Xiaomi tem forte presença no mercado de vestíveis, principalmente devido à linha de pulseiras inteligentes Mi Band. Mas há uma empresa por trás da criação dos componentes desses produtos: a Huami.
A subsidiária conta com boa parte das suas ações sob o guarda-chuva da Xiaomi. Contudo, ela não é responsável somente pela produção do mais famoso vestível da empresa.
A companhia também atua na fabricação dos relógios inteligentes da marca Amazfit. Diferente da pulseira, os smartwatches aqui fornecem uma solução mais completa, com uma gama maior de recursos.
O ecossistema ainda possui a marca WeLoop. Mais descolada que os outros relógios, a proposta desta está nos produtos para a prática esportiva.
Internet das Coisas
Se você é fã da Xiaomi, certamente já imaginou ter uma casa repleta de dispositivos inteligentes da marca. E se depender da empresa, esse não é um sonho impossível. A fabricante tem braços no segmento de Internet das Coisas, com empresas que criam tecnologias para as mais diversas necessidades na sua residência.
A mais conhecida é a Mijia. Com a chancela dessa submarca, você pode encontrar desde robôs de limpeza, lâmpadas conectadas, refrigeradores e aspirador de pó sem fio, até – acredite – tênis inteligente.
Mas os utensílios de cozinha não foram deixados de lado. A fabricante chinesa também fornece equipamentos inteligentes para você atuar como um chef de cozinha, por meio da iCHUNMi. Já a Viomi foca em dispositivos inteligentes para purificação de água ou armazenamento de outros líquidos.
Dentro desse gigante ecossistema, você também encontrará a Yunmai e a WURO. As duas são especializadas em produzir sensores e acessórios para uma casa conectada. O gerenciamento de todos esses aparelhos é feito no aplicativo Smart Home, criado pela outra subsidiária LUMi.
Tudo isso se completa com a presença da Xiaomi Mi TV e a famosa Mi Box, focadas no segmento televisivo.
Outras áreas de tecnologia
Além de todos os principais setores tecnológicos já mencionados antes, a Xiaomi tem operações em outras áreas do mundo tech. Das mais previsíveis até aquelas que você nunca imaginou ter.
Já pensou em escovar os dentes com um produto da marca? São duas as principais empresas encarregadas por esse produto odontológico: a Doctor B e a Oclean. Ainda nessa área, as duas não estão sozinhas. Elas têm a companhia da Soocare, mais destinada a equipamentos odontológicos inteligentes.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, a Xiaomi também oferece capacidade para a fabricação de máscaras e respiradores. A empresa tem uma subsidiária especializada no assunto de saúde: a AirPOP. Ela criava esses equipamentos com o pensamento na poluição, mas parece que o uso após a Covid-19 será para outras situações.
Há ainda o parceiro certificado 1MORE – especializado em sistemas de som de alta performance – e a XGimi – na criação de projetores para realizar um ambiente de cinema.
Fora da tecnologia
Por mais estranho que pareça para a companhia, a Xiaomi possui subsidiárias em seu ecossistema que atuam fora da área de tecnologia. Mais especificamente, nos setores de alimentação e bebidas.
Um dos principais exemplos é a PINGZE, marca de chás tradicionais de folhas da China. Já a Shogaya tem um amplo portfólio de produtos, como frutas que servem de matérias-primas para outros alimentos.
A empresa oriental também é dona de uma fabricante de doces, a Zhiwei Xuan, e duas submarcas de alimentos saudáveis: a Square Shop e a OneWine.
Posição atual no mercado
O crescimento da Xiaomi nesta década de vida não foi só em produtos. A sua participação no mercado teve alta e colocou a empresa em um lugar de grande relevância no cenário mundial.
Segundo o IDC, a fabricante chinesa fechou o ano passado na quarta posição em smartphones, com uma fatia de 8,9%. Na sua frente, estão Apple, Samsung e Huawei. Todas entre 15% e 20%.
A aposta em vestíveis também deu resultados positivos para a marca. A Xiaomi foi a segunda com mais unidades de wearables vendidas, no final de 2019. Ela ficou atrás somente da “Maçã”, segundo os dados do Statista.
Porém, ainda falta uma longa jornada de crescimento para a companhia no futuro. Com mais de 40 bilhões de dólares em valor de mercado, uma ascensão aos níveis de centenas de bilhões, como a rival Samsung, ou na casa do trilhão, como a Apple, dependerá de investidas ainda mais ousadas.
Um caminho é seguir o que a concorrente sul-coreana tem feito e tentar produzir equipamentos maiores – bem maiores – que precisam de uma tecnologia avançada. No caso da Samsung, um caminho foi a fabricação de transportes e itens bélicos, como navios e tanques de guerra. Iniciar uma investida em qualquer outro mercado certamente não seria um obstáculo para a chinesa.
E aí, você conhecia todas essas áreas de atuação da Xiaomi? Gostou de ver o Detetive também no formato de vídeo? Compartilhe conosco a sua opinião!