Mortes por coronavírus nos EUA superam marca de 100 mil
by ReutersPor Lisa Shumaker
(Reuters) - O novo coronavírus já matou mais de 100.000 pessoas nos Estados Unidos, mostrou uma contagem da Reuters nesta quarta-feira, em um momento no qual a desaceleração dos óbitos incentiva as empresas a reabrirem e os norte-americanos a saírem de mais de dois meses de quarentenas.
Cerca de 1.400 norte-americanos têm morrido, em média, todos os dias em maio, abaixo do pico de 2.000 em abril, de acordo com a contagem de dados estaduais e municipais sobre as mortes pelo Covid-19.
Em cerca de três meses, mais norte-americanos morreram pela Covid-19 do que durante a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã e o conflito dos EUA no Iraque (2003 a 2011), juntos.
A nova doença respiratória também tem matado mais pessoas do que a epidemia da Aids, de 1981 a 1989, e é muito mais mortal do que a gripe sazonal tem sido há décadas. A última vez que a gripe matou tantas pessoas nos Estados Unidos foi na temporada de 1957-1958, quando 116.000 morreram.
O total de casos de coronavírus nos EUA ultrapassou 1,7 milhão, com alguns Estados do sul do país observando novos casos aumentarem na semana passada, de acordo com uma análise de dados da Reuters do Covid Tracking Project, um esforço voluntário para rastrear o surto.
Mundialmente, os casos de coronavírus superaram 5,6 milhões, com mais de 350.000 mortes desde o início do surto na China, ao fim do ano passado, e depois tendo chegado à Europa e aos Estados Unidos.
A América do Sul agora está sofrendo o maior impacto do surto, com o Brasil registrando o segundo maior número de casos no mundo.
Dos 20 países mais afetados, os Estados Unidos ocupam o oitavo lugar com base em mortes per capita, de acordo com uma contagem da Reuters. Os EUA têm três mortes por 10.000 pessoas. A Bélgica é a primeira, com oito mortes por 10.000, seguida pela Espanha, Reino Unido e Itália, de acordo com a análise da Reuters.