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Foto: António Cotrim/Lusa

Costa quer manter lay-off mas vai fazer correções

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O primeiro-ministro admitiu, esta quarta-feira, que o lay-off "tem de evoluir a partir do final de junho". À saída de uma reunião com os parceiros sociais, António Costa disse querer continuar a proteger o emprego, "uma das maiores vítimas desta crise".

Sublinhando que o lay-off simplificado já permitiu "preservar mais de 800 mil postos de trabalho", Costa considerou que este regime "tem necessariamente de evoluir a partir do final de junho, de forma a não ser um incentivo negativo para que as empresas façam o esforço que devem fazer para retomar a atividade".

Com estas alterações, o chefe do Governo disse também querer evitar que o lay-off se torne "um instrumento penalizador e que penalize os rendimentos dos trabalhadores".

"Queremos ir eliminando a perda de rendimentos"

Costa sustentou ainda que as alterações ao lay-off devem ocorrer "progressivamente" e que, ouvidos os partidos, já há "um quadro muito claro do que é necessário preservar e mudar".

As prioridades, vincou, são "salvaguardar a capacidade de as empresas continuarem vivas, não se destruírem postos de trabalho e, simultaneamente, irmos eliminando a perda de rendimento dos trabalhadores".

No entanto, o primeiro-ministro não esclareceu se as alterações ao regime em vigor incluem o pagamento dos vencimentos a 100%, como pretendem os partidos de Esquerda e a CGTP. A UGT defendeu o pagamento a 80%.