Governo de SP cria protocolos para permitir a reabertura de negócios

Classificação em função da evolução dos casos de Covid-19 vai definir flexibilização

As empresas paulistas poderão reabrir a partir desta segunda-feira (1º) desde que sigam protocolos para conter o avanço do novo coronavírus.

Entre as medidas estipuladas pelo governo João Doria (PSDB) está o horário reduzido para shoppings centers a apenas quatro horas diárias e permitindo que a entrada de apenas 20% da capacidade do público.

O governo ainda faz recomendações como a retirada de revistas e folders das salas de espera, para evitar que sejam compartilhados, e evitar conversas em elevadores, além de manter distâncias de 1,5 metro entre as pessoas e os ambientes arejados.

“Os protocolos são sugestões que foram discutidas com as empresas. O estado não tem como fiscalizar isso. As empresas têm interesse em adotá-los, até para garantir que não vamos voltar para trás”, afirma a economista Ana Carla Abrão, coordenadora do Conselho Econômico do Estado de São Paulo, criado pelo governo em razão do coronavírus.

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Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anuncia plano São Paulo, que prevê reabertura de estabelecimentos comerciais - Governo do Estado de São Paulo

Veja aqui o protocolo

Nos shoppings, as praças de alimentação permanecerão fechadas. As lojas também deverão trabalhar com quantidade reduzida de funcionários e aqueles que fazem parte do grupo de risco devem permanecer em casa.

Para permitir a reabertura, o governo criou quatro zonas de risco, por ordem decrescente de gravidade (vermelha, laranja, amarela, verde e azul), definidas com base na capacidade hospitalar instalada e na evolução da epidemia de cada região.

A capital, por exemplo, foi considerada zona laranja, ou seja, com ocupação dos leitos de UTI entre 60% e 80% e evolução dos novos casos da epidemia entre 1,0 e 2,0, segundo a medição adotada.

Nesta classificação é possível que, além dos shoppings centers, lojas de rua, concessionárias, escritórios em geral e atividades imobiliárias​ reabram as portas.

Bares e restaurantes ao ar livre e salões de beleza também poderão abrir quando a classificação for a amarela: ocupação dos leitos de UTI abaixo de 60% e evolução de novas internações abaixo de 1. Com esta cor, estabelecimentos que estavam autorizados anteriormente podeão ampliar a capacidade de público para 40%.

Quando a ocupação de leitos de UTI estiver abaixo de 60% e evolução de novas internações por Covid-19, abaixo de 0,5 (classificação verde), bares e restaurantes sem espaço ao ar livre e academias serão liberados.

“Todos esses setores, em casa fase, vão ter que observar os protocolos”, afirma Ana Carla.

A cada sete dias, o governo vai reclassificar a região. “Mas é necessário 14 dias para mudar o status, caso tenha evoluído. Se ela piorar, o governador pode reclassificar a qualquer momento, não de período mínimo”, diz a economista.

O governo ainda recomenda a adoção do teletrabalho, sempre que possível, reuniões virtuais --inclusive com clientes-- e o uso de canais digitaispara atendimento ao público, entre outras medidas.

Também recomenda que bebedouros de pressão não sejam utilizados e que cada funcionário tenha seu próprio copo caso a água seja fornecida em galões, purificadores ou filtros de água.