Preços do petróleo caem por tensão EUA-China

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Por Laura Sanicola

NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo recuaram nesta quarta-feira, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que está trabalhando em uma forte resposta à legislação de segurança proposta pela China para Hong Kong.

Além disso, alguns operadores colocaram em dúvida o compromisso da Rússia com cortes de produção da commodity, mesmo após o presidente do país, Vladimir Putin, divulgar que concordou com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, em ampliar a "coordenação próxima" sobre as reduções de bombeamento.

Muitos participantes do mercado sentem que a Rússia está emitindo sinais mistos antes da reunião entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, que deve ocorrer dentro de duas semanas.

"Parece maravilhoso no papel, mas o mercado está 'segurando' a animação até que tenhamos um pouco mais de detalhes sobre se haverá cortes, quantos barris serão cortados e a duração dos cortes", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group.

Enquanto isso, as tensões sino-americanas continuam em alta por causa dos planos do país asiático para uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que se certificou de que Hong Kong não possua mais tratamento especial pela lei dos EUA.

O petróleo Brent fechou em queda de 1,65 dólar, ou 4,6%, a 34,52 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA recuou 1,54 dólar, ou 4,5%, para 32,81 dólares o barril.

(Reportagem de Laura Sanicola, com reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres e Aaron Sheldrick em Tóquio)