TAP compromete-se a “adicionar e ajustar planos de rota”
by Joana PetizCompanhia lembra que está disposta a colaborar mas sujeita a constrangimentos legais regionais.
A TAP vai alterar os planos de reabertura e ajustar a operação no sentido que tem sido pedido, garante a companhia, em comunicado enviado ao Dinheiro Vivo.
Numa carta assinada pela administração liderada por Antonoaldo Neves, a companhia garante estar empenhada em encontrar soluções e disposta a “colaborar de imediato com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais de turismo, para viabilizar o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota anunciados para este momento de retoma por forma a procurar ter um serviço ainda melhor e mais próximo a partir de todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera, o que, considerando o período difícil que Portugal atravessa, ficará, naturalmente, subordinado aos constrangimentos legais que existam quanto à mobilidade das pessoas e ao transporte aéreo”, lembra.
A companhia aérea portuguesa diz manter o objetivo de continuar a voar para retomar a sua operação e a servir os seus clientes sempre de forma a “assegurar a sua sustentabilidade futura e continuar a projetar Portugal no mundo”.
O próprio primeiro-ministro afirmara já nesta manhã que a Comissão Executiva da TAP tem o dever legal de “gestão prudente”, considerando que “não tem credibilidade” um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal. António Costa começou por frisar que “a gestão das fronteiras é responsabilidade soberana do Estado português” e que a presente pandemia “exigiu e exige por tempo ainda indeterminado a imposição de restrições na circulação nas fronteiras terrestre, marítima e aérea”.
Também Marcelo Rebelo de Sousa já se dissera preocupado, tal como os vários partidos políticos e autarcas que haviam reagido ao plano de retoma de rotas da TAP, “em particular no que respeita ao Porto”. Rui Moreira acusara mesmo a TAP de “impor um confinamento ao Porto e Norte”, considerando que o plano de rotas apresentado (apenas a partir de Lisboa) representava um “abandono do país” e o PS lamentara um projeto “lesivo do interesse do país”.