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Foto: Adelino Meireles / Global Imagens

TAP vai ajustar plano de rotas para próximos meses

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Pressionado pelos partidos e pelos empresários das regiões prejudicadas, o Conselho de Administração comunicou que vai rever ligações a efetuar em junho e julho.

A TAP vai recuar no plano de voos que tinha anunciado no início desta semana para a retoma de atividade em junho e julho, em que iria operar 71 rotas a partir de Lisboa e apenas três a partir do Porto e duas a partir de Ponta Delgada.

"O Conselho de Administração da TAP SGPS, SA afirma que a companhia está empenhada e vai de imediato colaborar com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais de turismo, para viabilizar o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota anunciados para este momento de retoma por forma a procurar ter um serviço ainda melhor e mais próximo a partir de todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera", detalhou o comunicado enviado há momentos à imprensa.

Segundo a mesma comunicação, "o objetivo da TAP é continuar a voar para retomar a sua operação e a servir os seus clientes sempre com o objetivo de assegurar a sua sustentabilidade futura e continuar a projetar Portugal no Mundo".

Nos últimos dois dias, a companhia de aviação esteve "debaixo de fogo" por centrar a maioria das operações de retoma em Lisboa e praticamente ignorar os restantes aeroportos nacionais, deixando o Porto com apenas dois voos internacionais (e outro para o Funchal, sendo a ponte aérea operada a partir da capital) e Ponta Delgada com apenas duas ligações, a Boston e a Toronto, a partir de julho.

A entidade regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal e os autarcas da região tomaram uma posição, esta terça-feira, acusando a TAP de prejudicar a retoma da economia nacional e de não ser uma companhia nacional, uma vez que "só serve" Lisboa. O Bloco de Esquerda e o PCP consideraram que as opções tomadas pela companhia justificam a nacionalização da TAP, enquanto o PS convocou Miguel Frasquilho, presidente do Conselho de Administração da empresa, a dar explicações urgentes no parlamento.