Estado de SP passa de 6.700 mortos por Covid-19 no dia em que Doria anuncia plano
Em 24 horas foram registrados 289 mortes e 3.466 casos da doença
O estado de São Paulo chegou, nesta quarta-feira (27), a 6.712 mortes por Covid-19 e 89.483 infectados. Em 24 horas, houve 289 novas mortes e 3.466 novos casos.
No intervalo entre os dias 25 e 26 de maio, haviam sido confirmados 203 novos óbitos e 2.392 novos casos.
Nesta quarta, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou a flexibilização da quarentena, exceto na Grande São Paulo, litoral e região de Registro (188 km de SP).
Nas três regiões, o sistema de saúde está pressionado por altas taxas de ocupação de UTI e avanço de casos confirmados de pacientes com coronavírus.
Atualmente, 4.686 pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19 estão internados em UTI e 7.707 em enfermaria.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para a doença é de 73,2% no estado e 87,6% na Grande São Paulo.
A doença se espalhou por 515 cidades paulistas. Dessas, 251 tiveram no mínimo um óbito.
A capital paulista, onde foi autorizado o funcionamento de concessionárias, imobiliários e escritórios, além de comércio e shoppings com restrição de horário, tem 60,90% do total de infectados do estado —54.498 casos. Outros 180.720 continuam em investigação.
Dos mortos, 53,91% (3.619) estão na capital.
No dia anterior, a cidade somou 51.852 casos e 3.421 óbitos. No intervalo de 24 horas entre os dias 25 e 26 de maio, a capital contabilizou 2.256 novos casos e 31 mortes.
Entre 26 e 27, foram 3.096 novos casos e 198 mortes.
Segundo boletim da Secretaria Municipal da Saúde, do início da pandemia até 9 de abril havia 1.110 mortes suspeitas ou confirmadas de Covid-19 na capital. Em 17 dias, o número subiu para 7.396 —566,3% de aumento.
A taxa de ocupação de leitos de UTI dos hospitais municipais desta quarta é de 91%. O prefeito Bruno Covas disse em entrevista coletiva que o índice no município oscila entre 85% e 92%.
De acordo com Dimas Covas, que coordena o Centro de Contingência do Coronavírus e dirige o Instituto Butantan, a população ainda precisa encarar o isolamento social como meta para permitir que os serviços de saúde continuem com capacidade para atender os pacientes com Covid-19 em enfermarias e UTIs. Segundo ele, as medidas de distanciamento poupou 65 mil vidas.