Aliados de Bolsonaro alvo de operação da polícia contra 'fake news'

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A Polícia Federal brasileira lançou hoje uma operação com 29 mandados de busca e apreensão a aliados do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por suposta ligação à difusão de 'fake news', seguindo um inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal.

Entre os alvos está o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, que, nos últimos meses, se tornou um fiel aliado do Presidente brasileiro.

Jefferson foi preso por corrupção após denunciar o esquema de compra de apoio no Congresso brasileiro, conhecido como escândalo do 'Mensalão', durante o Governo do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outros aliados conhecidos de Bolsonaro envolvidos nesta operação são o empresário Luciano Hang, o deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia, o 'blogger' Allan dos Santos e a ativista Sara Winter.

Segundo informações divulgadas pelo portal de notícias G1, o STF também determinou que os deputados federais ‘bolsonaristas’ (membros da câmara baixa do Congresso) Bia Kicis, Carla Zambelli, Daniel Lúcio, Filipe Barros e Luiz Phillipe de Orleans e Bragança prestem depoimento. No entanto, estes políticos não foram alvos de mandados de busca.

Como a investigação está em segredo de justiça, a Polícia Federal brasileira confirmou apenas o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão no âmbito do referido procedimento, conduzido pelo juiz Alexandre de Moraes, que é relator de um inquérito sobre notícias falsas no STF.

A polícia também divulgou que as ordens judiciais foram cumpridas no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Este inquérito, que apura a disseminação em massa de notícias falsas no Brasil, foi aberto no ano passado dentro do STF após juízes do tribunal se tornarem alvo recorrente de ataques.

Ao longo das investigações, foi descoberta a existência de um alegado grupo criminoso responsável por criar e disseminar notícias falsas contra inimigos do atual governo brasileiro e alguns empresários suspeitos de serem os financiadores desse grupo.

Jair Bolsonaro ainda não reagiu nas redes socias à operação, mas o seu terceiro filho, Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, não deixou de tecer duras críticas à ação do STF.