SP vê índices de lentidão no trânsito dispararem após megaferiado
Pico de lentidão no período da manhã foi 15 vezes maior do que na quarta (20), primeiro dia do feriado
Os dois dias seguintes ao megaferiado decretado em São Paulo como medida para conter o avanço do coronavírus registraram aumento de até 15 vezes nos índices de lentidão no trânsito da cidade.
Nesta quarta-feira (27), o pico foi registrado às 18h, com 30 km de congestionamentos, segundo dados fornecidos pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Na quarta (20), o primeiro dia dos seis dias de megaferiado, o maior índice ao longo do dia foi de 2 km.
A tendência de crescimento começou a ser observada desde a terça-feira (26). No período da manhã, entre 8h e 12h, o maior índice foi de 30 km exatamente no horário do almoço. À tarde, a lentidão chegou a 43 km. Um acidente com dois caminhões e um carro no Rodoanel contribuiu para a elevação dos números.
Na comparação com a terça da semana passada, o maior índice registrado no dia foi de 30 km, às 17h30.
Ao longo do megaferiado, somente na sexta-feira (22), houve registros de lentidão acima dos dois dígitos, sobretudo no fim da tarde, entre 16h30 e 18h30, quando o índice variou entre15 km e 23 km.
Nos demais dias, este número oscilou entre 0 km e 4 km, o que a ponta a presença de menos carros nas ruas, um dos indicativos a respeito da adesão ao isolamento social.
Ao longo do megaferiado, os índices de lentidão foram menores do que os registrados entre os dias 11 e 17 de maio, período no qual a prefeitura implementou um rodízio de carros mais restrito, alternando entre veículos com placas pares e ímpares. Nesses dias, o número oscilou entre 0 km e 9 km.
Tanto o megaferiado quanto o rodízio mais restritos tinham como objetivo "parar" a cidade na tentativa de desacelerar a disseminação desenfreada do novo coronavírus.
Nesta quarta-feira (27), no entanto, ao lado do governador João Dória (PSDB), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou uma flexibilização gradual quarentena a partir de 1º de junho.
A capital paulista terá a reabertura de vários tipos de negócios, inclusive comércios, como shoppings. A Grande São Paulo e o litoral, porém, vão manter a quarentena mais restrita.
O prefeito Bruno Covas fez um discurso mostrando índices que, na avaliação da prefeitura, mostram a estabilização da doença na capital.