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Estratégia de retomada das operações anunciada pela TAP Air Portugal para os próximos dois meses foi alvo de críticas

Entidade de Turismo de Lisboa critica estratégia de retomada dos voos da TAP

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O presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Vitor Costa, discordou da estratégia de retomada das operações anunciada pela TAP Air Portugal para os próximos dois meses. O presidente da entidade afirma que a concentração de ligações aéreas em Lisboa não é do interesse da Região, tendo em conta que a maioria do tráfego é apenas de ligação a outros destinos europeus, ocupando assim slots que podem ser relevantes para a operação turística.

“O plano da TAP deve ser profundamente reformulado, de forma a estabelecer ligações diretas a outros aeroportos nacionais, nomeadamente Porto, Faro e Funchal libertando assim a capacidade no aeroporto de Lisboa para tráfego de interesse turístico, em vez de concentrar toda a operação no hub de Lisboa”, defendeu Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa.

Com relação às operações para o Brasil, a TAP optou por adiar a retomada para junho. Os voos para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, que estavam programados para maio, se juntam àqueles que já tinham o retorno planejado para junho, já na primeira semana. Natal e Maceió, por sua vez, só devem voltar a receber voos em julho.

A TAP deve receber ainda uma ajuda governamental de cerca de 1 bilhão de euros. As negociações com o governo estão avançadas e todos os detalhes podem ser divulgados em breve. O ministro da Infraestrutura e Habitação de Portugal, Pedro Santos, disse que o Estado está disponível para intervir na TAP mas exige, em troca, dividir encargos com os acionistas privados e controlar o destino do dinheiro, com relação à movimentação de caixa que será realizada.