Supressão de "mêlées" e placagens reduz risco de contágio no râguebi
by JN/AgênciasA supressão de formações ordenadas e placagens em pé no râguebi reduzirá significativamente o risco de contágio pelo covid-19, de acordo com um estudo encomendado pela World Rugby citado esta quarta-feira pelo jornal inglês "The Guardian".
O organismo que tutela a modalidade a nível mundial irá propor ao Comité Executivo a adoção das medidas sugeridas no estudo, apenas durante a pandemia de covid-19, tendo em vista o rápido regresso das competições.
A investigação levada a cabo pelo organismo internacional indica que a eliminação de formações ordenadas ["mêlées"] reduzirá o risco de contágio para os jogadores das primeira e segunda linhas em 30%, enquanto a proibição de placagens reduzirá em 20% a exposição a um risco elevado de contágio no âmbito geral.
Entre outras medidas, citadas pela edição online do jornal inglês, estão a obrigatoriedade de mudança de equipamentos e capacetes ao intervalo, a proibição de ajuntamentos de jogadores no relvado, como a tradicional roda antes e após os encontros, assim como a proibição de cuspir, a troca frequente de bola e a obrigatoriedade de os jogadores lavarem a cara e as mãos por 20 segundos, várias vezes durante um encontro.
A proposta deverá seguir para o Comité Executivo da World Rugby ainda esta semana, que decidirá, depois, a aplicação ou rejeição das propostas.
Mesmo que as regras temporárias sejam aprovadas, cada federação terá liberdade para decidir se as adota ou não e a federação neozelandesa já terá feito saber que não as irá aplicar nas suas competições, nomeadamente no Super Rugby, que tem o recomeço agendado para 13 de junho.