Ministro do TCU cita prisão de Pizzolato e manda Banco do Brasil para inquérito de Moraes
Tribunal determinou suspensão de publicidade do BB na internet para interromper remuneração de sites de fake news
by PainelEm relatório em que determinou que o Banco do Brasil suspenda sua publicidade na internet para evitar que sites de notícias falsas continuem a ser remunerados, o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, também decidiu enviar todo o conteúdo relacionado ao banco para o inquérito das fake news no STF, de relatoria de Alexandre de Moraes.
Em sua decisão, nesta quarta-feira (27), Dantas ainda lembrou da prisão de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil que foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato sob acusação de receber propina para permitir desvio de recurso do banco para esquema.
"Inevitável que volte à tona o escândalo de triste memória que levou ao banco dos réus e, posteriormente, à penitenciária um ex-diretor de marketing daquela bicentenária instituição, condenado a doze anos e sete meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal", escreveu Dantas.
Na semana passada, após pressão nas redes sociais, o Banco do Brasil disse que não anunciaria mais em sites que publicam notícias falsas, especialmente no chamado O Jornal da Cidade Online, citado no relário do TCU.
Na sequência, após pressão do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), recuou e restabeleceu a publicidade em página acusada de disseminar conteúdo falso.
Na reunião ministerial do dia 22 de abril, Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil, chamou o TCU de "usina de terror". Com o envio do material para o STF, aumentam as chances de que ele seja incluído no inquérito sobre fake news, como adiantado pelo Painel.
O inquérito apura ofensas, ataques e ameaças contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Nesta quarta (27), o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PDT), o empresário Luciano Hang e ativistas bolsonaristas foram alvo de operação vinculada ao inquérito.
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto