Pandemia

Nos EUA, bispo pede que pobres e vulneráveis não sejam esquecidos

“Este não é o momento da indiferença. Os mais vulneráveis de nossos irmãos e irmãs, em todas as partes do mundo, não devem ser abandonados”, escreveu Dom Paul Coakley

Da redação, com Vatican News

Que os legisladores não esqueçam as necessidades dos pobres e vulneráveis ​​quando avaliarem pacotes adicionais de ajuda contra a pandemia de Covid-19. É o que pede o presidente do Comitê de Justiça Interna e Desenvolvimento Humano da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), o arcebispo de Oklahoma City, Dom Paul S. Coakley, em nota divulgada no site do episcopado.

“Este não é o momento da indiferença – lê-se na declaração, que recorda as palavras da Mensagem Urbi et Orbi pronunciadas pelo Papa Francisco em 12 de abril, domingo de Páscoa -. Os mais vulneráveis de nossos irmãos e irmãs, em todas as partes do mundo, não devem ser abandonados: devemos agir de modo que não lhes faltem bens de primeira necessidade”.

À espera, portanto, de que o Congresso dos EUA aprove “maiores ajudas” em relação à pandemia de coronavírus, Dom Coakley exorta a concentrar a atenção nos “pobres, vulneráveis, marginalizados, para lhes oferecer um pouco de esperança e de assistência nessas circunstâncias desesperadas”.

O arcebispo de Oklahoma City relembra então as cartas anteriores que enviou aos membros do Congresso a partir do início de abril, para difundir esse apelo e estender a assistência às pessoas mais frágeis em todos os contextos: “Segurança alimentar, habitação, acesso à assistência de saúde a preços acessíveis, proteção aos nascituros, luta contra as disparidades étnicas e raciais no âmbito da saúde, ajuda aos pobres, aos desempregados, aos migrantes e refugiados, segurança para prisioneiros, educação, assistência internacional e alívio da dívida, ajuda às instituições de caridade que atendem populações vulneráveis​”.

P prelado salienta que, à luz da pandemia, surgiram ulteriores exigências, como a distribuição de dispositivos de segurança pessoal a todos os trabalhadores essenciais, a proteção do bem-estar e da integridade da família, pesquisas sobre a ligação entre poluição do ar e os efeitos do coronavírus na saúde, a necessidade de abordar a questão das interrupções das cadeias de suprimento alimentar e de seu impacto nos agricultores e trabalhadores, o desperdício de alimentos e a saúde pública.

Olhando, portanto, com confiança para a Comissão Covid-19 criada em 20 de março pelo Dicastério da Santa Sé para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, em colaboração com outros Dicastérios da Cúria Romana e outras instituições, Dom Coakley convida a trabalhar pelo bem comum e exorta, “neste momento de provação, a recordar a razão da esperança cristã”.

“Caminhemos nessa esperança – conclui o prelado – pedindo sabedoria ao Senhor sobre a melhor maneira de lidar com esta fase, permanecendo ao lado de nossos irmãos necessitados”, confiantes na presença de Deus ao nosso lado, “até o fim dos tempos”.