Médicos têm autonomia para prescrever hidroxicloroquina na Paraíba, diz secretário

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Foto ilustrativa: Reprodução

O secretário de Saúde do estado da Paraíba, Geraldo Medeiros, falou nesta quarta-feira (27) sobre o uso da hidroxicloroquina.

O Ministério da Saúde divulgou as orientações para ampliar o acesso de pacientes com Covid-19 ao tratamento com hidroxicloroquina nos primeiros dias de sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Medeiros informou, durante entrevista concedida a uma emissora de rádio campinense, que o governo estadual não recomenda o uso de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes infectados com a Covid-19.

– A secretaria não recomenda a utilização de hidroxicloroquina em função de múltiplos estudos, no mundo inteiro, que não identificam a efetividade da cloroquina. Tivemos o último trabalho com 96 mil pacientes analisados em 400 hospitais do mundo inteiro. Este trabalho mostrou que os pacientes que usaram a hidroxicloroquina ou cloroquina apresentaram uma taxa de mortalidade mais elevada e de eventos adversos também – disse.

Além disso, Geraldo comentou a adoção pela Prefeitura de Campina Grande do protocolo que autoriza o uso da hidroxicloroquina em pacientes em estágios iniciais da Covid-19.

– A Prefeitura tem a prerrogativa e autonomia de adotar qualquer medida. O médico tem também a autonomia e prerrogativa de prescrever a hidroxicloroquina, desde que ele tenha o CRM e poderá responder por algum evento adverso. Não há como a Secretaria Estadual de Saúde interferir na prescrição do médico, o médico tem toda a autonomia de prescrever – esclareceu.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que vai suspender os estudos com a hidroxicloroquina e reavaliar sua segurança antes de retomá-los.