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Mangueira do amostrador automático vai até a rede de esgoto e coleta amostras em intervalos de tempo regularesFoto: Alexandre Motta / O Tempo

Quase dobra a presença do coronavírus nos esgotos de Belo Horizonte e Contagem

Na bacia do ribeirão Arrudas, 50% das amostras continham o coronavírus, enquanto 69% dos testes registraram a Covid-19 na bacia do ribeirão do Onça

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Entre os dias 27 de abril e 8 de maio, o projeto de monitoramento dos esgotos de Belo Horizonte e Contagem constatou que metade das amostras coletadas no ribeirão Arrudas continha presença do novo coronavírus (Covid-19), ante 29% registrado na quinzena anterior, que vigorou entre 13 e 24 de abril. Já na bacia do ribeirão do Onça, o percentual de coletas positivas passou de 64% para 69%.

“Embora esses resultados ainda não sejam conclusivos, eles sugerem tendência de aumento da circulação do vírus nas diferentes regiões estudadas”, afirmam os pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis/UFMG), que realizam o projeto em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Nesta etapa do estudo, os pesquisadores passaram a coletar amostras em 20 pontos dos dois córregos, contra 16 de outrora. O projeto prevê que serão examinados 24 pontos em seus próximos passos.

Os responsáveis pelo projeto afirmam que os resultados são preliminares, pois não incluem todos os pontos de amostragem contemplados no projeto e ainda estão sendo feitas as validações dos métodos de amostragem e de quantificação viral. Nos próximos boletins, deverá ser incluída a comparação entre a incidência do vírus nos esgotos e a incidência de casos da infeção pelo patógeno nas regiões analisadas.