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Foto: Divulgação

Teste do pezinho pode identificar patologias graves como a doença do beijo salgado; entenda!

Exame é obrigatório no Brasil e gratuito. Deve ser realizado entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê

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O Teste do pezinho é um exame gratuito e obrigatório para todos os recém-nascidos brasileiros e extremamente importante na identificação de determinadas doenças genéticas logo nos primeiros dias de vida do bebê. Por meio dele, as chances da criança receber o diagnóstico precoce destas patologias aumentam e, consequentemente, a busca pelo tratamento adequado se inicia mais rapidamente.

Essa rápida e eficiente identificação realizada pelo teste do pezinho reduz as chances do bebê desenvolver problemas mais graves de saúde causados pela doença indicada pelo exame, permitindo que o recém-nascido tenha mais saúde e qualidade de vida.

O teste do pezinho faz parte do Programa de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde e todos os estados brasileiros estão credenciados para a sua realização.

O Programa trabalha pelo diagnóstico precoce, acompanhamento e tratamento adequado de seis doenças: Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita, Deficiência da Biotinidase, Anemia Falciforme, Hipotireoidismo Congênito e Fenilcetonúria.

Campanha

Para reforçar a importância da realização do Teste do Pezinho, o dia 6 de junho marca a passagem do Dia Nacional do Teste do Pezinho. No Brasil, infelizmente, muitas famílias desconhecem a importância deste exame para a vida das crianças ou têm receio sobre a sua realização.

Como fazer?

O exame é rápido e pode fazer a diferença na vida do bebê. O teste é feito por meio da coleta de algumas gotinhas de sangue do calcanhar do recém-nascido. Essa amostra é encaminhada para o laboratório de triagem neonatal para que a análise genética seja realizada. O ideal é que esse procedimento seja feito entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê, pois a coleta tardia pode atrasar o diagnóstico e, consequentemente, a busca pelo tratamento adequado.

Exame e doenças

A Fibrose Cística, também conhecida como Mucoviscidose ou Doença do Beijo Salgado, é uma das patologias triadas pelo teste do pezinho e, no Brasil, dentre as raras, é a mais comum. Ela causa sintomas como tosse crônica, diarreia, pneumonia de repetição, pólipos nasais, suor mais salgado que o normal e dificuldade para ganhar peso e estatura.

Apesar de não ter cura, a Fibrose Cística tem tratamento. Na maioria dos casos, ele é realizado por meio do uso de medicamentos, prática de atividades físicas, fisioterapia respiratória, dieta hipercalórica e inalações.

O exame é dividido em quatro fases e cada uma delas atua na identificação de determinadas patologias.

Laboratório

Unidos pela Vida - Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, é uma organização da sociedade civil que trabalha para fortalecer e desenvolver o ecossistema da Fibrose Cística no Brasil.

O Instituto foi criado em 2011, após sua fundadora e diretora geral, Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira, receber o diagnóstico tardio para a doença, aos 23 anos. Desde então, a Psicóloga trabalha na execução de ações e projetos que auxiliam pessoas com Fibrose Cística, familiares, associações de assistência, estudantes e profissionais da saúde.

“Mesmo que tardio, o diagnóstico possibilitou que eu pudesse, finalmente, buscar o tratamento adequado para a doença que causou tantas internações e procedimentos médicos durante toda a minha vida. Quando nasci, não havia a possibilidade de realização do teste do pezinho. Por isso, agora que o exame está disponível, é obrigatório e gratuito para todos os recém-nascidos brasileiros, buscamos levar informações sobre a sua importância e conscientizar as famílias sobre como este exame pode mudar positivamente a vida de seus filhos”, ressaltou Verônica.