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Fotografia: Fábio Poço/Global Imagens

Promotores querem IVA a 6% e regresso dos vistos gold

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A aplicação de isenções temporárias de alguns impostos e a realização de escrituras por via digital são também medidas consideradas fundamentais.

A redução do IVA na construção para 6% é a medida que os promotores imobiliários consideram mais relevante para incentivar a retoma do mercado neste fase de pós-pandemia do novo coronavírus. Crucial é também o relançamento do programa dos vistos gold para manter o fluxo de procura internacional. A aplicação de isenções temporárias de alguns impostos e a realização de escrituras por via digital são também consideradas fundamentais para este período.

Estas são algumas das sugestões dos agentes imobiliários para evitar uma queda do setor imobiliário evidenciadas no ‘Portuguese Investment Property Survey’, um inquérito de sentimento e expetativas realizado pela Confidencial Imobiliário, em associação com a Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários.

Neste primeiro inquérito já sob os efeitos da pandemia, os operadores afirmam não ter planos para atrasar os projetos em construção (apenas uma probabilidade de 21% de o fazer) nem estar a considerar dar descontos para manter os níveis de procura (apenas 31% de probabilidade).

Para manter o dinamismo no mercado, estão a implementar outras estratégias proactivas, que passam por visitas virtuais para incrementar as vendas (59% de probabilidade), mas também por atrasar os projetos que ainda estão em fase de licenciamento (uma opção com 43% de probabilidade).

Para os próximos 12 meses, os operadores estão a antecipar uma descida de 8,4% nos preços dos imóveis e uma diminuição de 15,7% nas vendas. A pandemia provocou logo no primeiro trimestre do ano impactos negativos nos preços e nas transações, tendência que o mercado vislumbra acentuar-se neste segundo trimestre do ano.

Os promotores consideram que a ausência de riscos políticos em Portugal é um fator que poderá ajudar à dinâmica do mercado, mas apontam o dedo a um quadro económico pouco favorável à retoma do setor. A burocracia, nomeadamente os processos de licenciamento, continua a ser a segunda principal restrição, com um índice de 82%. Por um lado positivo,