Desconfinar, mas com cautela - alerta OMS

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Lojas não-essenciais, restaurantes e escolas estão a ser reabrir em vários países. Ginásios, piscinas e parques voltam a ter pessoas. Há gente que se abraça, há gente nas praias. As fronteiras entre os vários Estados voltam a ter passagem. Por outras palavras, a Europa está gradualmente a sair do confinamento a que a pandemia de Covid-19 obrigou.

Mas a Organização Mundial de Saúde diz que é preciso não facilitar: "Não podemos fazer suposições de que só porque a doença está a descer agora, vai continuar a descer e vamos ter alguns meses para nos prepararmos para uma segunda vaga. Podemos ter um segundo pico desta onda. Isso aconteceu durante as pandemias do passado, como na de 1919, a chamada gripe espanhola", diz Michael Ryan, o diretor da OMS para as emergências.

Espanha está a sair lentamente de um confinamento rígido, mas não se esquece daqueles que perdeu - mais de 27 mil até agora. O Governo anunciou um luto nacional de 10 dias em memória das vítimas da Covid-19, algo sem precedentes.

A quebra de 0,27% na soma de pensões pagas entre abril e maio é ilustrativa do golpe que a pandemia teve na população mais idosa.

A OMS diz que o distanciamento físico e a lavagem sistemática das mãos terão de continuar a fazer parte das nossas vidas durante muito tempo. O vírus forçou novos ritos sociais a todos nós.

Na Rússia, o Presidente Vladimir Putin está a pressionar para que a normalidade regresse - diz que o país ultrapassou o pico das infeções por coronavírus. O desfile comemorativo da vitória na Segunda Guerra Mundial, adiado em maio, vai realizar-se no próximo mês.

Para descontrair, os russos redescobriram o cinema drive-in. Uma combinação perfeita de entretenimento e distanciamento social.

Mas um sinal indesejável do regresso à normalidade é a poluição. O fundo do mar, ao longo da Côte d'Azur em França, está repleto de máscaras e luvas usadas como proteção contra o vírus, mas que não protegem contra a falta de civismo.