https://ominho.pt/wp-content/uploads/2020/04/New-Project-93.jpg?v=1585827138
Foto: Divulgação

Hospital instalado no centro cultural de Viana do Castelo desmontado em junho

Covid-19

A unidade de saúde instalada no centro cultural de Viana do Castelo, para receber infetados com covid-19 e que não chegou a ser utilizada, vai ser desmontada no mês de junho, informou hoje a Câmara local.

Em resposta por escrito a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, o município de Viana do Castelo explicou que a instalação daquela estrutura representou “um investimento de 12 mil euros, entre montagem e adaptação do espaço”.

“Regista-se que, felizmente, a sua utilização não foi necessária graças ao trabalho promovido pelas entidades de saúde”, refere a autarquia presidida pelo socialista José Maria Costa.

Em abril, a Câmara de Viana do Castelo disponibilizou à Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) uma unidade de retaguarda, instalada na maior sala de espetáculos do Alto Minho para receber idosos infetados com covid-19, evitando a sua permanência em lares.

O espaço “com 120 camas, podendo evoluir até 200 camas, dispõe ainda de salas de apoio médico, balneários, casas de banho para profissionais de saúde, sala para profissionais de saúde, sala de estar e espaços para tratamentos, rampas acessíveis e circuitos diferenciados para reduzir possibilidades de contágios”.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas, contando com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.

Portugal contabiliza 1.342 mortos associados à covid-19 em 31.007 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado na terça-feira.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

O Governo aprovou novas medidas que entraram em vigor no dia 18 de maio, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura da época balnear para 06 de junho.