ACIF ausculta as Mesas do sector do Turismo na Madeira

“Ricardo Franco ataca sem fundamento mas afinal não responde às verbas disponíveis”, diz Norberto Maciel

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A Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) encontra-se a auscultar os seus associados, através da realização de reuniões on-line, com as diversas Mesas dos sectores de actividade que enfrentam maiores constrangimentos, nesta fase da retoma económica, derivado ao facto de estarem mais dependentes do mercado turístico.

“As notícias vindas a público recentemente são animadoras, nomeadamente o fim da quarentena obrigatória a partir do dia 1 de Julho, a assunção do custo dos testes realizados à chegada e a abolição do limite de 2/3 de ocupação da capacidade dos aviões, pese embora ainda haja algum desconhecimento em relação à realização dos testes à chegada, mais concretamente sobre o tempo de espera até a obtenção do resultado”, destaca a instituição, considerando que estas últimas medidas, “embora tardias, são de extrema importância para a dinamização do sector do turismo e para a negociação com os operadores”, isto porque se não transmitirmos “aos mercados, de forma muita clara, quais são as regras, muito dificilmente conseguiremos que nossa Região seja considerada como destino de eleição”.

De acordo com a nota veiculada aos órgão de comunicação social, a ACIF refere que “todo o sector do Turismo é unânime em considerar que a comunicação e a promoção são factores essenciais, sobretudo junto dos mercados com quem queremos manter maior proximidade” e, por isso, “a segurança no território foi também um dos aspectos relevados, que deve ser balanceada com a importância de não prejudicarmos a experiência, que deve ser o mais natural e autêntica possível”.

Ainda no que respeita à segurança em termos de saúde pública, a Associação salienta que deve haver uma orientação relativamente ao número de casos que poderá ditar um novo encerramento e aponta para a necessidade de “reforçar as medidas de apoio e a sua prorrogação para além do tempo que está definido (Junho)”.

“Foi um ponto muito recorrente em todas as reuniões, tendo sido referido que as verbas das linhas lançadas para apoio à tesouraria ainda não chegaram às empresas, assim como grande parte das verbas inerentes aos processos de layoff simplificado, o que deixa as empresas numa situação muito delicada. Não nos podemos esquecer que muitas das empresas que vão abrir no curto espaço de tempo, terão que realizar investimentos para cumprir com os requisitos e recomendações das autoridades de Saúde, pelo que carecem de apoios adicionais, não só para os equipamentos e infra-estruturas, mas também para as necessidades acrescidas de mão-de-obra que as novas regras obrigam. Neste ponto, foi salientado o facto dos trabalhadores actualmente em layoff ainda terem os seus períodos de férias por gozar e os subsídios de férias e Natal não estarem abrangidos neste apoio”, relembra a ACIF.

“De igual modo, tendo sido anunciada uma linha regional, semelhante à linha nacional ADAPTAR, destacou-se a importância de assegurar que este mecanismo esteja acessível a todos os agentes económicos, independentemente da sua dimensão e tipologia”, pode ler-se num comunicado que destaca ainda o facto de até ao momento já terem sido ouvidas as Mesas do sector da animação turística, hotelaria e agências de viagens.