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Frederico Cascardo falou sobre a avaliação diárias dos atletas de base (Foto: Daniel Hott/América )

Reuniões, relatórios e monitoramento: diretor do América revela 'avaliação diária' de jogadores da base

Comissões técnicas do sub-20 e profissional têm conversas frequentes sobre evoluções dos atletas

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Os jogadores de base do América são constantemente monitorados pela cúpula alviverde. Em entrevista ao Superesportes, o diretor das divisões de base do clube, Frederico Cascardo, falou sobre o processo de avaliação dos atletas.  Em busca de fomentar a descoberta de novos talentos, as comissões técnicas do sub-20 e profissional mantêm conversas frequentes sobre a evolução dos garotos. De acordo com Cascardo, a avaliação dos atletas é diária. “A gente tem hoje na equipe o (Paulo) Bracks, que é o diretor de futebol profissional, mas passou pelas categorias de base e conhece vários desses atletas. Então, ele está sempre perguntando para a gente sobre a evolução de cada um. As comissões técnicas, sub-20 e profissional, têm conversas frequentes sobre os conteúdos e evoluções dos atletas e os acompanhamentos in loco desses atletas. Então, a comissão do profissional, através do Lisca, solicita o atleta para participar dos treinamentos, para estar completando algum tipo de atividade, então a avaliação é diária”, disse.  O técnico Lisca e os demais membros da comissão técnica profissional recebem relatórios do desempenho dos garotos da base frequentemente. O feedback abrange também o aspecto comportamental do atleta na rotina diária dos treinos. “Os atletas da categoria de base, principalmente a sub-20, são frequentemente avaliados pelo departamento de futebol profissional e de base. Cada jogo, cada competição é feito um relatório individual e coletivo desses atletas e isso, em reuniões com o departamento profissional, é passado o feedback de todo o comportamento do atleta dentro do jogo e do dia a dia dele de treinamento”, completou.

Pausa prejudica avaliação?

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América tem cerca de 300 atletas da base (Foto: Mourão Panda/América)

 A pandemia do novo coronavírus vai prejudicar todas as divisões de base do América. Segundo Cascardo, o maior prejuízo é na redução do número de treinos e na análise dos atletas da categoria sub-20.  “A pandemia vai trazer muito prejuízo em todas as categorias, cada uma com sua particularidade. As categorias mais novas no processo de capacidades coordenativas, a iniciação de todos os conteúdos, os atletas terão e podem ter dificuldades no decorrer de sua formação. As categorias sub-14 e sub-15, que já têm um calendário escasso de competições, somente Campeonato Mineiro e poucos jogos durante o ano, o jogo faz parte da formação dos atletas. Então, vai reduzir o número de jogos e de treinos e é muito importante a sessão de treinamentos nessas categorias”. 
“A sub-17 e sub-20 já vinha no segundo ano consecutivo na disputa do torneio a nível nacional. A sub-17 com no mínimo oito jogos pelo Brasil, contra outras escolas e outras equipes também com formação de alto nível e o sub-20 que teria 19 rodadas do Campeonato Brasileiro novamente, no mínimo. Eles também não terão essa exposição para a análise de todos os nossos atletas na transição. A gente acredita e tem a certeza da importância do cumprimento de todo o calendário do sub-20, tanto da CBF quanto da FMF. Claro que com toda a responsabilidade nos protocolos da saúde, a gente não quer voltar de qualquer maneira. A gente quer voltar quando tudo tiver em seu devido controle, com todos os procedimentos já adequados para as atividades”. 
Atualmente, o América tem cerca de 300 atletas das categorias de base, entre sub-11 a sub-20. Em função da pandemia do novo coronavírus, os contratos dos jogadores foram suspensos, assim como os do elenco feminino e funcionários da área administrativa, com base na MP 936. O clube completa o valor dado de auxílio pelo governo até igualar a renda mensal líquida de cada colaborador.