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Liderar em tempos de crise

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2020 trouxe-nos um novo desafio. Um acontecimento que nenhum gestor estava à espera. A Covid-19 obrigou-nos a acelerar processos e metodologias, rompeu paradigmas e forçou o ajuste de muitos modelos de negócio.

Mas esta pandemia também demonstrou a solidariedade das empresas e da sociedade civil portuguesas. Num contexto adverso, souberam reagir, reajustar e encontrar formas de contribuir no combate à propagação do vírus.

São acontecimentos como este nos que permitem parar, fazer um balanço e reinventarmo-nos, não apenas como indivíduos, mas, essencialmente, como sociedade. Este momento irá demonstrar a resiliência e sentido de missão dos grandes líderes. Será necessária coragem para tomar decisões que permitam o progresso.

Enquanto gestor, sei que os líderes têm de respeitar uma regra essencial da liderança: os resultados alcançados pelas equipas resultam, sobretudo, do trabalho dos liderados, pelo que os líderes deverão edificar um clima de confiança, que promova a cooperação, o sentido crítico e a confiança.

Esta crise pandémica veio desmistificar a figura do líder omnipresente, não obstante, veio também demonstrar a necessidade de os seres humanos terem uma figura que lhes transmita tranquilidade, ao mesmo tempo que clarifica a avalanche de informação que lhes chega. Hoje, está explícito que a proximidade nada tem que ver com a presença física, mas antes com a capacidade de reforçar, junto dos colaboradores, o elemento agregador e perene – os valores da organização.

Sempre existirão crises na vida dos negócios e da gestão. Porém, o que distingue os líderes eficazes dos menos eficazes não é a capacidade de evitá-las, é antes a capacidade de enfrentá-las com vigor, coragem, visão e espírito de aprendizagem.

A mudança, ela própria geradora e desconforto e ansiedade, e defrontação da realidade são, muitas das vezes, desconfortáveis e impedem o progresso. Não me parece verosímil continuar tudo igual após ultrapassarmos este vírus, pelo que é importante compreender que existirá um novo “normal” e que este irá impactar as organizações a vários níveis.

Liderar é conduzir as pessoas para o futuro. Usualmente, no seio de uma crise, os líderes empresariais presumem que, desvanecida a mesma, tudo voltará ao normal – e o percurso bem-sucedido do passado será retomado. Ignoram, porém, que as condições de mercado se alteraram, que os clientes desenvolveram novas opções de compra, que os concorrentes modificaram condutas e estratégias e que as atuações das autoridades foram refeitas. Distintamente, outras empresas assumem uma postura proativa e preparam, durante a crise, a construção de um novo futuro.

As crises, os fracassos e os problemas são parte integrante da vida das organizações e dos negócios. A globalização, as redes de comunicação globais, e a integração das cadeias de produção criaram sistemas interligados que fazem circular ameaças, mas também oportunidades. Cabe aos líderes enfrentar essas realidades com tenacidade e coragem, assumindo o que muitas pessoas esperam deles: liderar.

Nos 40 anos de história da F. REGO nunca nos resignamos, razão pela qual a vontade de fazer sempre mais e melhor, independentemente das circunstâncias, se manterá.

Continuaremos a liderar pelo exemplo com as nossas Pessoas, Clientes e Parceiros.

Pedro Rego, CEO F. REGO – Corretores de Seguros