Nos 75 anos da vitória sobre o nazifascismo

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Vivemos o desconfinamento alinhado com o medo e a aceleração das desigualdades e dramas humanos nos meandros esconsos de "ilhas" e habitações indignas para onde foram empurradas famílias sem condições de acesso sequer à Internet, e onde crianças e jovens veem o futuro fugir-lhes.

No plano internacional há sinais sombrios a lembrar erros do passado, com as mesmas potências que então os cometeram a apostar neles, na procura de assegurar a sua hegemonia, esquecendo que antes do início da Segunda Guerra Mundial foram essas políticas que contribuíram para aumentar o poder nazifascista na expectativa de que este atacasse a União Soviética e provocasse a sua queda. Daí o preocupante paralelo no suporte que EUA e aliados dão ao terrorismo e guerras por procuração, para provocar mudanças de regime como, por exemplo, na Síria ou na Venezuela, ou para admitir o agravamento da ocupação da Palestina por Israel.

Em 9 de maio de 1945, milhões de pessoas comemoraram a Vitória, depois da assinatura, na véspera, do ato de rendição da Alemanha aos aliados, após a chegada a Berlim do exército soviético, pondo fim, pelo caminho, a Auschwitz e outros campos de extermínio nazis, após mais de 75 milhões de mortos na Europa e Ásia, dos quais mais de 20 milhões soviéticos, incluindo o horror dos bombardeamentos atómicos pelos EUA de Hiroxima e Nagasáqui, cidades de um Japão já derrotado com capitulação assinada a 2 de setembro.

A resistência e luta contra o fascismo e a guerra de milhões de pessoas, pela libertação da humanidade da barbárie nazifascista, que protagonizaram das mais heroicas páginas de coragem e de generosidade, demonstram que a força dos ideais libertadores e a unidade dos antifascistas podem derrotar os mais tenebrosos planos de exploração, opressão e dominação.

Presidente da Direção do CPPC